quinta-feira, março 31, 2011

Por que os planetas e estrelas são redondos?

Por que os planetas e estrelas são redondos?

O formato arredondado não é exclusividade da Terra entre os planetas do sistema solar. Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e os demais também são redondos, e não se trata de uma simples coincidência.Os planetas têm esse formato pela combinação de dois fatores: a força da atração da gravidade e a sua massa. Todos os corpos no espaço se atraem entre si, pela gravidade, que é maior quanto maior for a massa do planeta. Na Terra, por exemplo, é essa força que nos puxa para o chão, que faz com o que os objetos caiam no solo, que mantém os oceanos presos à superfície e que impede que os gases da atmosfera escapem para o meio interplanetário.
E essa força é tão grande no caso dos planetas, que acaba provocando um efeito semelhante ao que se teria se fosse possível fazer uma imensa pilha com milhares de tijolos. A partir de um determinado momento, o peso dos tijolos seria tão grande que a pilha se esmagaria sobre si mesma. E foi mais ou menos isso que aconteceu quando os planetas se formaram.
No início, quando havia pouca massa, a Terra, ainda jovem, poderia ser disforme ou parecer uma pedra gigante com qualquer formato, como ocorre com os asteróides.No entanto, a atração gravitacional juntou mais massa no planeta, aumentando o seu peso, o que ocorreu também com os demais integrantes de sistema solar.
Com o crescimento, a gravidade de um planeta fica tão forte que tudo é esmagado na direção do centro e o material que forma o planeta finalmente se distribui em forma de uma bola, uma vez que essa força puxa tudo para o centro.


As estrelas também são redondas

Uma das principais conquistas das crianças pequenas é aprender a desenhar uma estrela, com suas pontas. Infelizmente, a verdade é menos poética - mas não menos bela. Estrelas são esferas, assim como os planetas.
Enxergamos as estrelas naquele formato com pontas devido à refração da sua luz na atmosfera da Terra.Mas essa esfera pode ser levemente achatada nos pólos, como nosso planeta. Isso ocorre porque as estrelas também giram em torno de seu próprio eixo, como a Terra. O próprio Sol é um pouco achatado nos pólos.Pareçam elas de cinco pontas ou mais, as estrelas que enxergamos são, porém, fotografias antigas. A estrela mais próxima da Terra, que é o Sol, está a quatro anos-luz.Ou seja: a luz que o Sol emite demora quatro anos para chegar ao nosso planeta, mesmo viajando a 300 mil quilômetros por segundo. Alguns astros que vemos no céu estão tão longe que sua luz leva dezenas de milhares de anos para chegar.


Fonte: Terra

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

Recentemente a espaçonave Messenger da NASA sobrevoou o planeta Mercúrio e fotografou uma extensa região de terreno nunca antes visto.

A cratera de raios luminosos Debussy está em destaque no canto superior direito.
Possui 80 km (50 milhas) de diâmetro. O terreno de fundo da imagem histórica se extende até o pólo sul de Mercúrio, e inclui uma região nunca anteriormente fotografada do espaço.
Mais de 1.200 imagens de alta resolução do planeta já chegaram na Terra.
A equipe da Messenger está extremamente satisfeita pela soberba performance da espaçonave e da carga.
A mais supreendente característica desta área recém fotografada é o extenso padrão de raios cruzando para baixo nas regiões norte do planeta. O sistema de raios parece surgir de uma cratera relativamente jovem que já havia sido vista anteriormente por imagens de radar localizados na Terra, mas fotografada por uma espaçonave pela primeira vez somente ontem. Esta vista do planeta é totalmente diferente daquela que a Messenger obteve durante seu primeiro sobrevôo em janeiro de 2008.
Em meados dos anos 70 quando a Mariner 10 sobrevoou Mercúrio três vezes, a sonda fotografou menos da metade do planeta. O primeiro sobrevôo da Messenger cobriu outros 20% da superfície do planeta. Em 2008 a Messenger completou com sucesso o seu segundo sobrevôo de Mercúrio, revelando outros 30 porcento da superfície de Mercúrio que nunca tinha sido vista por espaçonaves.


Fontes: Astronomia na Web / Nasa

sexta-feira, março 25, 2011

Você sabia?

Você sabia que ainda existe vida no interior da usina nuclear de Chernobyl?

Vinte e cinco anos depois do acidente na usina nuclear de Chernobyl que matou muitas pessoas e gerou uma área de isolamento por alta radioatividade ao redor da usina, descobriu-se que ainda existe vida em seu interior.
Um robô foi enviado até o interior do reator nuclear nos escombros desolados da antiga usina nuclear e, ao contrário do que imaginavam os cientistas, eles encontraram vida naquele ambiente inóspito.Há uma fina camada de um estranho limo negro crescendo pelo interior das paredes do reator, mesmo com as taxas de radioatividade ainda estando muito altas lá dentro, o que impossibilitaria de haver alguma vida.
Impressionados, os cientistas resolveram obter amostras do estranho limo, desconhecido até então. Quando o robô retornou, e os cientistas foram examinar o material coletado, eles ficaram ainda mais perplexos.
O limo era um tipo de fungo pouco conhecido, que não só estava conseguindo viver com tamanha radioatividade no ambiente, mas estava se alimentando dela.
Pequenas amostras do limo cresceram significativamente mais rápido ao serem expostas a uma radiação 500 vezes maior que a normal. Os cientistas puderam descobrir que o fungo está usando a melanina, uma substância que afeta a cor da pele humana, da mesma forma que as plantas usam a clorofila.
Dessa maneira, a molécula da melanina é atingida pelo raio gama e sua química é alterada de alguma maneira, gerando energia para o fungo.
Esta descoberta incrível fez com que a comunidade científica repensasse sobre as possibilidades de pesquisa que esta porta acabou abrindo, pois até então ninguém imaginava que isso seria possível.
Teríamos nós humanos, alguma capacidade, mesmo que ínfima, de obter energia da radiação?
Esta descoberta da capacidade de alimentação radioativa do limo poderia gerar uma série de respostas que há muito tempo buscamos em diversas áreas, como por exemplo, a paleontologia e a astrobiologia.


Consequências e conclusões

Se na Terra temos animais capazes de viver em ambientes tão extremos, isso abriria uma forte possibilidade de que em ambientes parecidos, em outros planetas cheios de energia radioativa ionizada exista vida similar.
Até então, muitas pessoas desacreditavam da teoria de que a vida pudesse ter vindo do espaço distante à bordo de um meteoro, porque as taxas de radiação no espaço são altíssimas.Há ainda a possibilidade de manipular genes destes incríveis fungos para gerar cogumelos e plantas que possam retirar radiação de ambientes, funcionando como uma espécie de bio-filtro para o lixo atômico, que ainda é um dos grandes problemas da energia nuclear. Embora os fungos não possam comer isótopos radioativos não é difícil imaginar que eles possam ser usados para sinalização e para verificação de áreas contaminadas. Eles poderiam, em tese, ser usados para concentrar os isótopos em certas áreas, facilitando a limpeza de ambientes contaminados.
Seja como for, a terrível experiência da tragédia de Chernobyl provou não ter sido em vão. As milhares de mortes diretas e indiretas daquele incidente lamentável enfim deixaram algo de bom. Após o o acidente, todas as usinas passaram a adotar um sistema rígido de segurança, com vários graus de redundância para prevenir desastres e falhas humanas, técnicas e mecânicas, o que deixou a nossa vida um pouco mais segura e a descoberta dessa nova espécie de fungo poderá ajudar a humanidade a responder várias perguntas, dentre elas uma das mais intrigantes: "de onde nós viemos?"


O limo na natureza

O limo, na natureza, é um ser vivo fotossintetizante, isto é, que produz o seu próprio alimento clorofilado,ou seja, que têm clorofila, sendo geralmente verde, que vive em ambientes úmidos ou que fica úmido em determinadas ocasiões.
São algas protozoários, por vezes associados com fungos (mixomicetos).
Muitos desses organismos soltam esporos ou afins que flutuam pelo ar, aos bilhões, constantemente. Quando uma destas estruturas reprodutivas ‘pousa’ em algum local propício, ela inicia seu metabolismo, ou seja, começa a viver. Geralmente isso é comum em vasos bem úmidos, já que são seres que dependem muito da umidade. Vasos com terra compactada também favorecem seu desenvolvimento, sobretudo dos musgos.
O limo, por ser uma alga (muitos deles unicelulares), é naturalmente um ser de ambiente aquático. Ele consegue crescer e se desenvolver nas calçadas, muros, vasos e afins enquanto estes estão muito úmidos. Apesar de estar crescendo em um muro, por exemplo, ele está dentro d’água quando chove ou quando a umidade está alta, pois são organismos minúsculos, e, assim, uma alga pode sobreviver em ambiente terrestre.
Eles conseguem viver nos vasos secos das plantas, pois continuam úmidos por muitas horas após uma chuva ou uma rega, dando tempo do limo de nascer e se desenvolver até o momento em que este pequeno ambiente volta a secar e eles entram em dormência.O solo compactado favorece o seu surgimento e desenvolvimento porque quando um vaso que está com o substrato compactado, a água das regas e das chuvas tende a demorar mais para se infiltrar, e fica por algum tempo ‘empoçada’ na superfície. Quando isso ocorre, além do risco para as plantas (apodrecimento das raízes), o ambiente se torna perfeito para o desenvolvimento dos musgos e limos, e, especialmente, para a sua reprodução (quando uma mesma espécie de musgo surge em vários pontos do mesmo vaso ao invés de ir se espalhando a partir do ponto onde nasceu primeiramente pode estar ocorrendo estes pequenos alagamentos).
Eles não causam algum mal às plantas, pois vivem sem interferir com a planta, e podem até ser benéficos ao solo. Eles, apenas, são indicativos de que talvez o vaso esteja recebendo/mantendo umidade demais para as suculentas.
Como seres vivos que são, os limos produzem matéria orgânica e podem servir de alimento a outros seres. Isso ajuda, ainda que infimamente, a depositar matéria orgânica no solo e a manter uma biota de solo viva e ativa. Além disso, dependendo do que se pretende com o vaso, eles podem ter um aspecto atraente e/ou interessante para dar a impressão de serem grama ou outras ervas em meio à floresta – é o mesmo que se faz com os bonsais: se introduz ou se favorece o surgimento dos musgos para dar a impressão de que o bonsai é uma árvore grande rodeada de capim.


Fontes: Science A Gogo / Planta Sonya

FRASE DA SEMANA

"A tecnologia reduziu o número de trabalhadores necessários para volumes dados de produção; alterou também os tipos e as proporções relativas de qualificações necessárias no processo produtivo."

Charles Wright Mills

sexta-feira, março 18, 2011

Saiba o quê é Perigeu Lunar

Saiba o quê é Perigeu Lunar

Se você tiver a impressão que a Lua está um pouco maior e mais brilhante neste fim de semana, existe uma razão para isso. A Lua Cheia deste sábado (19/03/11) será uma super "lua perigeu" - a maior em quase 20 anos. Este fenômeno é bem mais raro do que a famosa Lua Azul, que acontece uma vez a cada dois anos e meio.
A última Lua Cheia tão grande e tão perto da Terra ocorreu em março de 1993. Eu diria que ela vale uma olhada.No perigeu a Lua fica cerca de 50 mil km mais perto da Terra do que quando está no ponto mais distante de sua órbita, também conhecido como apogeu. Luas perigeu são cerca de 30% mais brilhantes e podem parecer 14% maiores do que as Luas que ocorrem no lado do apogeu da órbita lunar.
A Lua Cheia vai nascer no leste ao pôr do sol e deve parecer especialmente grande quando estiver próxima ao horizonte por causa do que é conhecido como "ilusão da lua".Mesmo que se tenha sensação de poder tocar o satélite, a Lua do sábado ainda estará a uma distância saudável - cerca de 356,577 km de distância.


Entendendo melhor o fenômeno

A órbita da Lua ao redor da Terra não é uma circunferência perfeita, é uma elipse. Logo, no seu movimento de translação ao redor do nosso planeta, a Lua pode ficar mais perto ou mais longe da Terra que não está no centro mas num dos focos da elipse.
A figura a seguir, fora de escala, ilustra esta idéia.
Fonte: Terra

quarta-feira, março 16, 2011

Saiba tudo sobre Energia Nuclear e os problemas no Japão

Saiba tudo sobre Energia Nuclear e os problemas no Japão

Afinal de contas, o quê é um REATOR NUCLEAR?
Um reator nuclear é uma câmara de resfriamento hermética, blindada contra a radiação, onde é controlada uma reação nuclear para a obtenção de energia, produção de materiais fissionáveis como o plutônio para armamentos nucleares, propulsão de submarinos e satélites artificiais ou para pesquisas.
Uma central nuclear pode conter vários reatores. Atualmente apenas os reatores nucleares de fissão são empregados para a produção de energia comercial, porém os reatores nucleares de fusão estão sendo empregados em fase experimental.De uma forma simples, as primeiras versões de reator nuclear produzem calor dividindo átomos, diferentemente das estações de energia convencionais, que produzem calor queimando combustível. O calor produzido serve para ferver água, que irá fazer funcionar turbinas a vapor para gerar electricidade.
Um reator produz grandes quantidades de calor e intensas correntes de radiação neutrónica e gama. Ambas são mortais para todas as formas de vida mesmo em quantidades pequenas, causando doenças, leucemia e, por fim, a morte. O reator deve estar rodeado de um espesso escudo de cimento e aço, para evitar fugas prejudiciais de radiação. As matérias radioativas são manejadas por controle remoto e armazenadas em contentores de chumbo, um excelente escudo contra a radiação.

Exemplo 1:

Exemplo 2:

Exemplo 3:

O que é ENERGIA NUCLEAR?
Energia nuclear é a energia liberada numa reação nuclear, ou seja, em processos de transformação de núcleos atômicos. Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de se transformar em outros isótopos ou elementos através de reações nucleares, emitindo energia durante esse processo. Baseia-se no princípio da equivalência de energia e massa (observado por Albert Einstein), segundo a qual durante reações nucleares ocorre transformação de massa em energia. Foi descoberta por Hahn, Straßmann e Meitner com a observação de uma fissão nuclear depois da irradiação de urânio com nêutrons.


Vantagens
A energia nuclear tem muitas vantagens sobre as demais fontes de geração de energia, incluindo os combustíveis fósseis, petróleo, carvão, energia eólica, hidrelétrica e energia solar. A produção de energia nuclear é bastante contestada por autoridades e ambientalistas, mas isso em deve, em parte, à inadequada avaliação dos riscos e, principalmente, dos benefícios das modernas usinas nucleares em relação às outras usinas. É fato dizer que a segurança na produção da energia nuclear melhorou muito ao longo dos anos. A energia nuclear ainda é observada com desconfiança por causa de sua associação à bomba nuclear, bem como aos resíduos radioativos.
Um quilograma de urânio pode produzir mais energia do que 200 barris de petróleo, sendo que o urânio é quase tão comum como o estanho.Tório, três vezes mais abundante que o urânio, também pode ser convertido em urânio-233, que é demasiadamente instável para ser utilizado na concepção de bombas.
Então, por que a demora para a construção de novas usinas nucleares? Bem, primeiro, a construção delas é relativamente mais onerosa, apesar de terem um custo menor de operação. Além disso, o custo inicial menor de fontes como gás, petróleo e carvão os torna mais econômicos, mas aos poucos, com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis, isso está mudando. Sem falar que o aquecimento global é outra preocupação relacionada ao uso dos combustíveis fósseis para a geração de energia.
A outra razão para o impedimento de construção das plantas nucleares é o temor e a sensação de insegurança baseados principalmente no acidente de Chernobyl, Rússia, que matou pessoas e deixou sequelas em muitas outras. No entanto, a poluição causada pelo combustível fóssil mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo devido a problemas respiratórios. Mas as usinas nucleares são livres de emissões de gases poluentes, e 95% de todo o combustível usado podem ser reprocessados, produzindo poucos resíduos.A energia nuclear fornece muito mais eletricidade do que as demais fontes alternativas por um motivo relacionado com as leis fundamentais da natureza.
Na natureza, existem quatro forças fundamentais: a força nuclear forte, que mantém o núcleo atômico coeso, a força nuclear fraca, que medeia a radiação, a força eletromagnética e a gravidade. A força nuclear forte, liberada por reações nucleares, é cem vezes mais forte que a força eletromagnética, que é liberada por reações químicas convencionais.Em prol do meio ambiente, a construção de mais plantas nucleares revela-se uma alternativa favorável e rentável para as empresas do setor energético. Além de garantir a eficiência energética global, a geração de energia nuclear não polui o ecossistema e impede o lançamento de gases poluentes e tóxicos ao ar, o que é a principal preocupação das indústrias e das autoridades políticas mundiais.


O que é RADIOATIVIDADE?
A radioatividade (também chamada no Brasil de radiatividade) é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos, chamados radioativos, são capazes de emitir radiações, as quais têm a propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz ordinária, etc. As radiações emitidas pelas substâncias radioativas são principalmente partículas alfa, partículas beta e raios gama. A radioatividade é uma forma de energia nuclear, usada em medicina (radioterapia), e consiste no fato de alguns átomos como os do urânio, rádio e tório serem “instáveis”, perdendo constantemente partículas alfa, beta e gama (raios-X).

A radioatividade pode ser:

- Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza e poluem o meio ambiente.

- Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais.


O quê é RADIAÇÃO?
Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com uma determinada velocidade. Contêm energia, carga eléctrica e magnética. Podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores pequenos até muito elevados.
As radiações electromagnéticas mais conhecidas são: luz, microondas, ondas de rádio, radar, laser, raios X e radiação gama. As radiações sob a forma de partículas, com massa, carga eléctrica, carga magnética mais comuns são os feixes de elétrons, os feixes de prótrons, radiação beta, radiação alfa.
O quê é RADIAÇÃO SOLAR?
Radiação solar é a designação dada à energia radiante emitida pelo Sol, em particular aquela que é transmitida sob a forma de radiação electromagnética. Cerca de metade desta energia é emitida como luz visível na parte de frequência mais alta do espectro electromagnético e o restante na do infravermelho próximo e como radiação ultravioleta. A radiação solar fornece anualmente para a atmosfera terrestre 1,5 x 1018 kWh de energia, a qual, para além de suportar a vasta maioria das cadeias tróficas, sendo assim o verdadeiro sustentáculo da vida na Terra, é a principal responsável pela dinâmica da atmosfera terrestre e pelas características climáticas do planeta.
No Brasil, o câncer mais freqüente é o de pele, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas. A radiação ultra-violeta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente etiológico.
As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e freqüente, por atividades profissionais e de lazer, constituem o grupo de maior risco de contrair câncer de pele, principalmente aquelas de pele clara.
Os filtros solares são preparações para uso tópico que reduzem os efeitos deletérios da radiação ultravioleta.


O acidente radiológico de Goiânia
O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado, na zona central de Goiânia, no estado de Goiás. Foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares.
O instrumento, irresponsavelmente deixado no hospital, foi encontrado por catadores de papel, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas.
Mais de 700 pessoas foram contaminadas pela radiação do césio-137, com 4 vítimas fatais.
O césio-137 é um radioisótopo, ou seja, um isótopo radiativo do césio.
Isótopos de um elemento químico são as variações de massa atômica que este elemento pode apresentar. Assim, os isótopos de um mesmo elemento têm o mesmo número atômico e diferentes números de massa.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear afirma que monitorou 12.800 pessoas atingidas pela tragédia, mas que apenas 6.500 apresentaram algum grau de irradiação e somente 249 eram merecedoras de atenção. Já a AVCésio e o próprio Ministério Público de Goiás acreditam que aproximadamente 1.600 pessoas tiveram algum contato com objetos ou indivíduos altamente contaminados, e seriam merecedoras de amparo. Atualmente, cerca de 860 processos estão em andamento nas vias judiciais e administrativas.O maior impacto sofrido pelas vítimas, é o psico-social, devido à discriminação da sociedade, nos dias imediatamente subseqüentes ao acidente, e é até hoje uma chaga aberta na vida das mesmas. Aliás, todos os moradores de Goiânia, foram de alguma maneira discriminados nos meses que se seguiram ao acidente, como negativa de estadia em hotéis, contratos de venda e aluguel de imóveis aos acidentados indiretos rescindidos, sem falar nas conseqüências econômicas que o Estado de Goiás teve que enfrentar para superar a tragédia.


O quê aconteceu em Chernobyl?
O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Ironicamente, o acidente se deu durante o teste de um mecanismo de segurança que garantiria a produção de energia em caso de acidentes.
Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobil, e o governo. Alguns especialistas independentes agora acreditam que nenhuma teoria estava completamente certa. Na realidade o que aconteceu foi uma conjunção das duas, sendo que a possibilidade de defeito no reator foi exponencialmente agravado pelo erro humano.
Porém o fator mais importante foi que Anatoly Dyatlov, engenheiro chefe responsável pela realização de testes nos reatores, mesmo sabendo que o reator era perigoso em algumas condições e contra os parâmetros de segurança dispostos no manual de operação, levou a efeito intencionalmente a realização de um teste de redução de potência que resultou no desastre. A gerência da instalação era composta em grande parte de pessoal não qualificado em RBMK: o diretor, V.P. Bryukhanov, tinha experiência e treinamento em usina termo-elétrica a carvão. Seu engenheiro chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Anatoli Dyatlov, ex-engenheiro chefe dos Reatores 3 e 4, somente tinha "alguma experiência com pequenos reatores nucleares".


Usinas Nucleares no Brasil

Angra 1

É a primeira das usinas nucleares que deu origem à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto Os reatores de potência são maiores e se destinam à produção de energia para a movimentação de navios, submarinos, usinas átomo-elétricas, etc. A primeira usina átomo-elétrica brasileira está situada na Praia de Itaorna, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Foi a primeira usina do programa nuclear brasileiro que atualmente conta também com Angra 2 em operação, Angra 3 em construção e mais duas novas usinas a serem construídas na região Nordeste, conforme o planejamento da Empresa de Pesquisa Energética - EPE.


Angra 2

É a segunda das usinas nuclerares que deram origem ao Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, tendo entrado em operação no ano de 2000.
É uma usina do tipo PWR - Pressurized Water Reactor, com o núcleo refrigerado a água leve desmineralizada. Foi fornecida pela Siemens - KWU da Alemanha, no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha e é operada pela Eletronuclear. Com potência nominal de 1300 MWh (aproximadamente 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro), produziu no ano de 2008 um total de 10.448.289 MWh (Eletrionuclear).
O elevado fator de capacidade deve-se a uma característica de usinas nucleares, que por não dependerem de fatores meteorológicos podem operar a 100% continuamente. Angra 2 opera em ciclos de 13 meses, parando ao final de cada ciclo durante aproximandamente 30 dias para troca de 1/3 do seu combustível.


Angra 3

É a terceira das usinas nucleares que deu origem ao Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto e que esta em fase de instalação. Ela terá reator idêntico ao de Angra 2, de Água Leve Pressurizada (Pressurized Water Reactor), potência de 1.350 MW, e projeto da Siemens/KWU. Após ter tido sua construção paralisada nos anos 80, foi anunciada a retomada de seu desenvolvimento a partir de Setembro de 2008, segundo o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.


Entenda diferenças entre as usinas nucleares japonesas e as brasileiras
No Brasil, as usinas nucleares também foram construídas para resistir a tremores de terra, ainda que sejam muito mais raros. Mas há diferenças em relação ao modelo japonês.O Brasil começou a investir em energia nuclear na década de 70. Tem duas usinas em operação hoje: Angra 1 e Angra 2, que ficam no município de Angra dos Reis, no Litoral Sul do Rio de Janeiro. Juntas, elas produzem cerca de 2,5% da eletricidade consumida no país.
Em qualquer usina nuclear, a operação é parecida: dentro dos reatores ocorrem fissões nucleares, que geram calor em altíssimas temperaturas. Quando a água entra em contato, gera vapor que vai mover uma turbina para a produção de energia elétrica.
Mas o sistema de resfriamento dos reatores nem sempre é o mesmo. As usinas japonesas que tiveram problemas usam apenas um circuito de água. No Brasil, são dois: em um deles, há apenas água dentro dos reatores. No Japão existe também vapor, o que tornaria mais difícil o controle em caso de acidente.


O quê realmente aconteceu na usina de Fukushima, no Japão?
Problemas tiveram início quando o terremoto da última sexta-feira cortou a energia da usina de Fukushima 1, interrompendo o sistema que esfria os reatores. O sistema de emergência começou a operar, mas foi danificado pelo tsunami. As tentativas de resfriar o reator 1 falharam, e um superaquecimento provocou a explosão. O teto que abriga o reator 1 e a parede secundária de proteção foram danificados. A parede primária de contenção do reator, no entanto, formada por 15 cm de aço e concreto, permanece intacta, de acordo com autoridades japonesas. Estima-se que pelo menos 190 pessoas foram expostas à radiação, mas esse número pode ser muito maior. Cerca de 210 mil pessoas foram retiradas de uma área de 20 km no entorno de Fukushima por precaução. Técnicos da usina tentam injetar água do mar nos reatores 2 e 3 de Fukushima para evitar superaquecimento, porém a crise nuclear no Japão agravou-se ainda mais. No sábado e na segunda-feira foram registradas explosões nos reatores 1 e 3.
Nesta terça-feira com a explosão de mais um reator e um novo incêndio na central de Fukushima 1, elevando perigosamente os níveis de radioatividade no arquipélago, devastado na última sexta-feira por um terremoto seguido de tsunami.
As autoridades indicaram que também dectaram radioatividade na área de Tóquio (250 km ao sudoeste da central), mas em níveis que não representam perigo para a saúde. Os habitantes da capital, a maior megalópole do planeta (35 milhões de habitantes), correram para as lojas para comprar máscaras e material para enfrentar qualquer emergência. Kan ampliou para 30 km o raio de exclusão ao redor da central de Fukushima 1. No sábado a área era de 20 km, o que provocou a retirada de 200.000 pessoas da região. Na cidade de Fukushima, 80 km ao noroeste da central, "há muitas crianças doentes, mas as farmácias estão fechadas. Pelo menos 500.000 pessoas já foram retiradas da região e muitas precisaram ser abrigadas em centros de emergência depois de terem perdido tudo na passagem do tsunami, cujas ondas chegaram a 10 metros de altura, varrendo o litoral nordeste da principal ilha do país.


A diferença da Bomba Nuclear
O derretimento de um reator nuclear não mata pessoas como uma bomba. O que mata mesmo na bomba nuclear não é a radiação. É a onda de choque, depois a onda de calor e por último a radiação. A intensidade de material radioativo em uma bomba nuclear é muito maior, porque a energia dispendida é muito grande e não tem nenhuma barreira. Já um reator tem quatro barreiras contra a liberação de material nuclear no ambiente. Não é a mesma coisa.


O que é RADIOTERAPIA?
Radioterapia é uma especialidade médica focada no tratamento oncológico utilizando radiação ionizante.
Há duas maneiras de utilizar radiação contra o câncer:

- Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares;

- Braquiterapia: que é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.

Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.

Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios:

- Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.

- Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.

Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado.


O Iodo
Um dos elementos que representa maior ameaça neste sentido é o iodo. O corpo humano precisa dele para que a tireoide funcione normalmente e tende a absorver as partículas de iodo radioativo que ficam suspensas no ar. Para evitar que isto ocorra, estão sendo dadas pílulas de iodo não-radioativo à população japonesa. Desta forma, o corpo fica saturado do elemento e, mesmo se ele for inalado na forma radioativa, não será absorvido.


Consequências de contaminação radiológica
A contaminação radiológica em grau elevado, de imediato, provoca vômitos, náuseas, diarréia, tonturas, queimaduras e amputações.
Um alto nível de radiação pode apresentar alterações biológicas como cardiopatias, dermatoses, perda de dentes, problemas ginecológicos e diversas patologias oncológicas e a perda de membro. Não existem estudos comprobatórios de síndromes desenvolvidas sob o impacto de baixa radiação.
As principais patologias desenvolvidas sob altas doses de radiação, e que apresentam um nexo causal direto, é o câncer radio induzido (de sangue e de tireóide), ou seja, leucemia e o carcinoma tireóideo.


Fontes: UOL / Terra / G1 / Wikipédia / Biodiesel BR / Inca