domingo, novembro 30, 2008

CLIP DO DIA

THE BUGGLES era um duo composto por Trevor Horn e Geoff Downes.
Conheceram-se como músicos de estúdio, em 1977, e fizeram parte da banda de suporte de Tina Charles, uma disco star dos anos 70. Em finais de 1979, editaram o álbum de estreia - The Plastic Age - que, para além do clássico VKTRS, inclui Living In The Plastic Age, Clean Clean e Elstree.
Em Maio de 1980, o Trevor e Geoff entraram para os Yes, banda de rock progressivo, de que eram fãs desde sempre. Foram substituir Jon Anderson e Rick Wakeman respectivamente e gravaram o álbum Drama. Saíram do grupo em Janeiro de 1981, após uma digressão em que as cordas vocais de Horn não aguentaram o esforço de aproximação ao registo do cantor original.
Seguiu-se o segundo álbum dos The Buggles - Adventures In Modern Recording (1981) - um LP que não atingiu o sucesso do disco de estréia, o que levou à separação dos dois. Geoff Downes fundou o Asia e Trevor Horn criou a ZTT Records (Zang Tuum Tumb), tornando-se num dos mais bem sucedidos e respeitados produtores mundiais. Da lista imensa de artistas que Horn produziu destacam-se ABC, Frankie Goes To Hollywood, Seal, Tina Turner, Sting, entre outros. Teve mesmo direito a um Grammy para melhor produtor pelo álbum homónimo de Seal (1995).
"Video Killed The Radio Star" foi um dos primeiros video clips exibidos pela MTV americana, no dia 1 de Agosto de 1981, quando as emissões regulares desta estação televisiva se iniciaram. Foi uma escolha feliz e, ao mesmo tempo, profética no que à sua mensagem dizia respeito. Parecia mesmo que a canção tinha sido encomendada para marcar o início da cultura do video clip, mas não. "Video Killed The Radio Star" tinha já existia a um ano e meio quando foi para o ar e tinha resultado da visão futurista de um duo chamado The Buggles, precursores da technopop da década que então se iniciava.

"Video Killed The Radio Star" - The Buggles

Você sabia?

Você sabia que Albert Einstein lançou os fundamentos da invenção do laser em 1916?

"Laser" significa "Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation", ou seja, Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação).
É um dispositivo que produz radiação eletromagnética com características muito especiais: ela é monocromática (possui freqüência muito bem definida) e coerente (possui relações de fase bem definidas), além de ser colimada (propaga-se como um feixe). Simplificando, a luz que começa em uma ponta é exatamente igual à luz que termina na outra, sem se dispersar.
Em 1916, Albert Einstein lançou os fundamentos da invenção do laser, a partir da lei de Max Planck. A teoria ficou esquecida até o final da Segunda Guerra Mundial.
Em 1953, Charles Hard Townes, James P. Gordon e Herbert J. Zeiger produziam o primeiro maser, um dispositivo similar ao laser, mas produz microondas em vez de luz visível. O maser de Townes não tinha capacidade de emitir as ondas de forma continua.
Quando esta radiação tem frequência visível, chama-se laser. O efeito físico por trás de seu funcionamento é a emissão estimulada, descoberta pelo físico Albert Einstein, como condição necessária ao equilíbrio térmico da radiação com a matéria.
Por suas propriedades especiais, o laser é hoje utilizado nas mais diversas aplicações: médicas (cirurgias), na reabilitação fisica como anti-inflamatório, regenerador e analgésico, industriais (cortar metais, medir distâncias), pesquisa científica (pinças ópticas, hidráulica, física atômica, óptica quântica, resfriamento de nuvens atômicas, informação quântica), comerciais (comunicação por fibras ópticas, leitores de códigos de barras), e mesmo todos os dias em nossas casas (aparelhos leitores de CD e DVD, laser pointer usado em apresentações com projetores).
É produzido por materiais como o cristal de rubi dopado com safira, mistura de gases no caso do hélio e neônio, dispositivos de estado sólido como diodos laser, moléculas orgânicas como os lasers de corante.
No uso industrial, o laser de CO2 (dióxido de carbono) vem cada dia mais sendo utilizado, sendo hoje essencial. Muito competitivo por ser um processo rápido para o corte e solda de diversos materiais com muita agilidade devido às máquinas que utilizam o laser serem CNC.


Fonte: Wikipédia

PÉROLAS MUSICAIS DO PASSADO

Drama - Yes (1980)

Conseguem imaginar a banda Yes sem o inimitável vocalista Jon Anderson?
Bem, isso não é lenda urbana e aconteceu em 1980.
Jon desfrutava nesta época de um enorme sucesso solo, em suas parcerias com o tecladista grego Vangelis (Carruagens de Fogo e Blade Runner). O Yes, pelo contrário, patinava disco a disco desde a saída de Rick Wakeman em 1974, após o conturbado, mas legendário, Tales From Topographic Oceans. Discos irregulares como Relayer, Tormato, Going For The One se seguiram.
Mesmo a volta de Wakeman não empurrou a criatividade da banda adiante. Em plena era Punk, o Yes era um dos alvos favoritos da imprensa musical.
O baixista Chris Squire (único integrante presente em todos os discos do Yes) felizmente tinha ouvido aguçado para novidades e tomou contato com o trabalho de dois músicos então de vanguarda (a chamada "New Wave", reação Pop à simplicidade do Punk), Geoff Downes e Trevor Horn.
Os dois, membros da banda The Buggles, responsável pelo primeiro vídeo tocado na MTV - "Video Killed The Radio Star", um clássico New Wave e um hit.
A insistência de Jon Anderson (e Rick Wakeman) em exigir mais tempo para a carreira-solo adiar a gravação de um novo disco do Yes ajudou a mudança a acontecer. Downes e Horn, convidados inicialmente para "dar um gás" no novo disco do Yes, subitamente foram convidados a entrarem para a banda. Mais surpreendente, aceitaram no ato.
Daí surge "Drama", o disco do Yes sem Jon Anderson. Um disco que inicia a aproximação do Yes com os sons em voga na época. Há trechos de Reggae (1980, auge do The Police e época em que o Rush também se aproximava do estilo). Há forte trabalho dos teclados, porém distantes do virtuosismo erudito de Rick Wakeman, substituído por uma abordagem mais pop, voltada para as melodias centrais de cada canção, especialidade de Downes. Steve Howe deixou de lado o barroquismo de sua guitarra (já mostrado à exaustão nos seus inúmeros - e bons - discos-solo) e toca licks e riffs mais diretos, inclusive mais pesados que dantes.
Chris Squire, como sempre, é a locomotiva da banda, colocando o baixo mais na frente possível na mixagem, sem masturbação virtuosa (as quebras de ritmo, dessa vez, são mais suaves e paulatinas, o exigido por ritmos como o Reggae e a New Wave). Trevor Horn, embora com um timbre diferente de Jon Anderson (óbvio), apresenta-se elegantemente eficaz para as canções apresentadas, nunca roubando para si o show. Alan White, já escolado por tocar com John Lennon antes do Yes, adota uma postura mais rítmica, sem gorduras e devaneios exibicionistas, na sua bateria sempre marcante.
Dito isso, o clima das canções (mais curtas, no geral) é mais sombrio que a média dos trabalhos do Yes (Jon Anderson sempre foi um pólo irradiador de luz e espiritualidade). Sombras, porém distantes da grandiosidade wagneriana dos discos anteriores da banda. Ademais, as sombras convivem com a luminosidade das melodias pop, surpreendendo os fãs de carteirinha da banda que um dia fizera "Close To The Edge". O futuro trabalho de ex-membros do Yes na banda Asia também nasceu aqui.
As músicas: a abertura, "Machine Messiah", é uma demonstração do potencial rítmico da nova formação do Yes, retendo algo da grandiosidade anterior. "White Car" é uma breve vinheta eletrificada, algo engraçada (isso é novidade, uma música bem-humorada do Yes). "Does It Really Happen" solta camadas e camadas de melodias New Wave que assustariam Rick Wakeman ("Into The Lens" salva o fôlego dos ouvintes com uma incursão quase-Prog, no entanto soa estranhamente "alternativa" para os fãs mais tarimbados). "Run Through The Light" destaca o trabalho dos novos integrantes da banda, o ouvinte já começa a não pensar mais em Jon Anderson (e Rick Wakeman, também). Mas nada preparou o ouvinte, Prog ou New Wave, para a jam-suíte regada a Reggae chamada "Tempus Fugit", uma usina de força que demonstra toda a versatilidade e potencial de Chris Squire e Alan White, seguramente uma das melhores cozinhas da história da Música. Essa última música é seguramente um dos momentos culminantes da produção do Yes, em todos os tempos.Enfim, um disco surpreendente em vários sentidos. Para além das surpresas, uma grata adição à discografia do Yes (tanto que, na primeira oportunidade, Jon Anderson voltou correndo para a banda).
Se quem gostou do álbum "90125" do Yes, ou da banda Asia, deve deixar os preconceitos de lado e dar uma chance ao disco. É diferente de tudo que o Yes fez antes, com novidades em profusão.
Também mostra uma articulação nova de elementos característicos da banda, uma prova de sobrevivência e criatividade.


Faixas

01. Machine Messiah (10:27)
02. White Car (1:21)
03. Does It Really Happen? (6:34)
04. Into the Lens (8:31)
05. Run Through the Light (4:39)
06. Tempus Fugit (5:14)






(Selecione a música, clique e aguarde carregar)


Confira abaixo os vídeo clips de duas faixas do álbum Drama:

"Tempus Fugit" - Yes



"Into The Lens" - Yes



Fonte: Whiplash

Você sabia?

Você sabia que a mais poderosa bomba detonada foi de 50 Megatons e tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima?

A Tsar Bomba explodiu em um teste realizado pela URSS em outubro de 1961.
Esta bomba tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão) multiplicado 10 vezes. Podemos lembrar que as bombas lançadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki mataram quase 200 mil pessoas, e dizem que até hoje os povos dessas regiões sofrem com a radiação local.
Os efeitos predominantes de uma bomba atômica (a explosão e a radiação térmica) são os mesmos dos explosivos convencionais. A grande diferença é a capacidade de liberar uma quantidade imensamente maior de energia de uma só vez. A maior parte do dano causado por uma arma nuclear não se relaciona diretamente com o processo de liberação de energia da reação nuclear.
O dano produzido pelas três formas iniciais de energia liberada difere de acordo com o tamanho da arma. A energia liberada na explosão segue a equação de Einstein, E=mc², onde E é a energia liberada, m é a massa da bomba que "some" na explosão e c (celeritas) é a velocidade da luz.


Fonte: Wikipédia

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

Uma estrela giratória morta foi encontrada alimentando-se de sua companheira estrelar encolhendo-a a um tamanho menor do que alguns planetas.

Este objeto é o esqueleto de uma estrela. A pulsar está comendo a camada externa e tudo o que resta é um miolo central rico em hélio.
Pulsares são o centro de uma estrela de nêutrons que giram centenas de vezes por segundo, mais rápido do que o liquidificador da sua cozinha.
O sistema foi descoberto quando os satélites Swift e RXTE da NASA captaram uma rajada de raios X e gama na direção do centro galáctico da Via Láctea vindos da constelação de Sagitário.
O companheiro menor orbita o seu amigo parasita de uma distância de 370 mil km, similar à distância entre a Terra e a Lua. Tem a massa estimada de apenas 7 Júpiteres, mas pode ser muito maior. Os cientistas não o consideram um planeta por causa da maneira como se formou.
É essencialmente uma anã branca que foi consumida até uma massa planetária.
Os cientistas pensam que há vários bilhões de anos atrás o sistema consistia em uma estrela bastante massiva e outra menor no máximo 3 vezes o tamanho do Sol. A estrela maior evoluiu rapidamente e explodiu formando uma supernova, deixando para trás um corpo estrelar giratório sem vida conhecido como estrela de nêutrons. Durante esse período a estrela menor começou a evoluir também, finalmente expandido-se em uma gigante vermelha cuja camada exterior encapsulou a estrela de nêutrons.
Isso fez com que as estrelas se aproximassem uma da outra enquanto, simultaneamente, ejetavam a camada externa da gigante vermelha no espaço.


Sobrevivência não compreendida

Depois de bilhões de anos resta pouco da estrela companheira e é incerto se ela irá sobreviver. Ela tem "tomado uma surra", mas isso é parte da natureza.
Hoje ambos objetos estão tão próximos entre si que a poderosa gravidade da estrela de nêutrons gerou um sifão de gás de sua companheira para formar um disco giratório em torno de si mesma. O disco ocasionalmente expele grandes quantidades de gás na estrela de nêutrons criando rajadas como a detectada em junho.
O sistema será detalhado em dois estudos e serão publicados em próximas edições do Astrophysical Journal Letters.


Fonte: Live Science

Você sabia?

Você sabia que o maior e o mais famoso dos meteoritos que caíram no Brasil pesa 5360 kg?

O Meteorito de Bendegó, o maior e o mais famoso dos meteoritos encontrados no Brasil, encontra-se, atualmente, em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
O referido meteorito foi encontrado em 1874 por Joaquim Bernardino da Mota Botelho, no interior do Estado da Bahia. O ponto de queda está localizado a 48 quilômetros da cidade de Monte Santo e a 180 metros do riacho Bendegó, que daria nome ao meteorito. Tanto o riacho quanto o rio que ele deságua, o Vaza Barris, ficariam conhecidos no futuro. Menos pela queda do meteorito e mais pelos acontecimentos envolvendo Canudos, na resistência montada por Antônio Conselheiro e narrada por Euclides da Cunha no clássico "Os Sertões".
O Meteorito Bendegó possui forma irregular, com os seguintes valores aproximados: 2,15 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 58 centímetros de altura. Sua massa foi calculada em 5360 kg, constituída basicamente de ferro (92,70%) e níquel (6,52%), contendo ainda traços menores de outros elementos químicos. Essa composição permite classificá-lo no grupo dos "sideritos", i.e., meteoritos com aproximadamente 90% de ferro e níquel. Na língua dos índios quiriris da Bahia, o vocábulo "bendegó" significa vindo do céu.
Inúmeras contribuições científicas sobre meteoritos foram publicadas em livros e revistas especializadas.
De maneira resumida, em 1888, por ordem do imperador Pedro II, o Meteorito de Bendegó foi transportado para o Rio de Janeiro, ao final de uma verdadeira epopéia que envolveu de parelhas de bois, trilhos de trem na Serra de Acaru (ainda no início da viagem) e navios, intercalada ainda por um acidente em 1785 que atirou o meteorito no leito de um riacho (Bendegó), o qual ficou abandonado por quase 103 anos. Durante esse período, o meteorito praticamente não se alterou pela oxidação até a chegada da missão encarregada do transporte para o Rio de Janeiro. Especialistas, dividiram com trabalhadores, o esforço para retirá-lo do riacho, conduzindo-o até o litoral de Salvador. Desta cidade, o meteorito seguiu para Recife, a bordo do vapor "Arlindo" e, de lá, foi levado para o Rio de Janeiro, onde chegou em 15 de Junho de 1888, 104 anos após o achado.
Durante muito tempo, o Bendegó foi o maior meteorito em exposição em todo o mundo.


Fonte: Observatório Astronômico De Antares

sábado, novembro 29, 2008

CLIP DO DIA

O HEAR `N AID foi um projeto gravado nos dias 20 e 21 de Maio de 1985, em que 40 artistas da comunidade do Heavy Metal se reuniram nos Estúdios da A&M em Hollywood, na Califórnia, para doar seu tempo e talento, para uma canção escrita por Ronnie James Dio.
A intenção do projeto era arrecadar dinheiro para crianças famintas na África.
Produziram uma música chamada "Stars", idéia dos músicos Vivian Campbell, e Jimmy Bain (ambos da banda Dio). A idéia surgiu depois do sucesso de projetos como o Band Aid no Reino Unido, e o USA for Africa nos Estados Unidos. Também foi lançado em video, o clipe da música e making off, e um documentário sobre o projeto.
Na lista dos artistas quem participaram do projeto estão incluídos: Tommy Aldridge, David Alford, Carmine Appice, Vinnie Appice, Jimmy Bain, Frankie Banali, Eric Bloom, Mick Brown, Vivian Campbell, Carlos Cavazo, Amir Derakh, Ronnie James Dio, Don Dokken, Kevin Dubrow, Brad Gillis, Craig Goldie, Chris Hager, Rob Halford, Chris Holmes, Blackie Lawless, George Lynch, Yngwie Malmsteen, Mick Mars, Dave Meniketti, Dave Murray, Vince Neil, Ted Nugent, Eddie Ojeda, Jeff Pilson, Donald "Buck Dharma" Roeser, David St. Hubbins, Rudy Sarzo, Claude Schnell, Neal Schon, Paul Shortino, Derek Smalls, Adrian Smith, Mark Stein, Geoff Tate, e Matt Thorr.
Em meados de 1987 o Hear'n Aid arrecadou e doou, cerca de U$$1.000.000,00 para o projeto.

"Stars" - Hear ´N Aid

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

A libélula é o inseto mais veloz que existe, podendo chegar a 85 Km/h.

Como características distintivas contam-se o corpo fusiforme, com o abdómen muito alongado, olhos compostos e dois pares de asas semi-transparentes.
As libélulas são predadoras e alimentam-se de outros insetos, nomeadamente mosquitos e moscas.
Este grupo tem distribuição mundial e tem preferência por habitats nas imediações de corpos de água estagnada (poças ou lagos temporários), zonas pantanosas ou perto de ribeiros e riachos.
As larvas de libélula (chamadas ninfas) são aquáticas, carnívoras e extremamente agressivas, podendo alimentar-se não só de insetos mas também de girinos e peixes juvenis.
Não têm a capacidade de picar, visto que as suas mandíbulas estão adaptadas à mastigação. Dentro do seu ecossistema, são bastante úteis no controle das populações de mosquitos e das suas outras presas, prestando assim um serviço importante ao Homem. Predadora de insetos, inclusive o Aedes aegypti e até pequenos peixes, em um único dia pode consumir outros insetos voadores até 14% do seu próprio peso.
As libélulas adultas caçam à base do seu sentido de visão extremamente apurado. Os seus olhos são compostos por milhares de facetas (até 30.000) e conferem-lhes um campo visual de 360 graus. Medem entre 2 e 19 cm de envergadura e as espécies mais rápidas podem voar a cerca de 85 km/h.
Seu tempo de vida pode chegar a 5 anos. No Brasil existem cerca de 1.200 espécies de um total 5.000 existentes no mundo.


Fonte: Wikipédia

Você sabia?

Você sabia que a menor serpente do mundo tem cerca de 10 centímetros de comprimento e é tão fina quanto um espaguete?

A minúscula serpente foi encontrada na Ilha de Barbados, no Caribe.
Foi descoberta por Blair Hedges, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e é mais uma espécie a acrescentar no seu extenso currículo do qual se destaca a descoberta de 65 novas espécies de anfíbios e répteis nas Caraíbas.
A bióloga evolucionista confirmou que se trata de um animal novo para a ciência dadas as suas diferenças genéticas em relação a outras serpentes, como é o caso da sua coloração e e padrão de pele.
A serpente foi encontrada numa floresta nos Barbados e acredita tratar-se de uma espécie "rara" e em vias de extinção dada "a destruição do seu habitat", que gradualmente vem sendo substituído por habitações e fazendas.
A descoberta foi publicada no jornal especializado Zootaxa.


Fonte: MSN

sexta-feira, novembro 28, 2008

Passa Tempo: a cidade dos Discos Voadores

Passa Tempo: a cidade dos Discos Voadores

A apenas 150 Km de Belo Horizonte , encontramos a cidade de Passa Tempo, uma cidade pequena e tranquila onde seu moradores vivem calmamente, já acostumados com as manifestações ufológicas comuns á região.
Passa Tempo se destaca dentro do meio ufológico devido a sua grande casuística e por ser a cidade natal do ufólogo Antônio Faleiro.
A cidade está situada a 24 km da Rodovia Fernão Dias- BR 381 - com entrada pela cidade vizinha de Carmópolis.
É uma cidade com pouco mais de 8.000 habitantes , bastante hospitaleira onde sua fonte de renda se concentra nas diversas tapeçarias espalhadas por toda a cidade e onde são confeccionados os mais lindos tapetes arraiolos da região. Existem na cidade muitas fazendas onde a pecuária é a mais tradicional fonte de recursos, bem como a criação de cavalos bastante destacada no passado através da também centenária Fazenda Campo Grande que era conhecida a nível nacional por sua criação de cavalos de raça da raça Campolina e Mangalarga.
Existem também as famosas fazendas centenárias , palco de antigas histórias de assombrações e como não podia deixar de ser das aparições relacionadas ao fenômeno ufo.
Supermercados, escolas, hotéis, bares e restaurantes também são destaques da cidade que conta ainda com a melhor discoteca da região.


Observatório ufológico

A cidade abriga ainda o observatório ufológico de Antônio Faleiro - situado na zona rural a 10 km do centro da cidade e sendo também um lugar de grande destaque.
Com uma construção rústica e simples, somente para poder abrigar seus visitantes, o Observatório Ufológico de Passa Tempo é um dos lugares mais pitorescos da região, tendo sido visitado por várias celebridades do meio ufológico e se destacando também por ter sido o primeiro observatório ufológico da América latina.


Fonte: UOL

quinta-feira, novembro 27, 2008

Você sabia?

Você sabia que um estudo realizado por pesquisadores americanos sugere que homens detectam a traição com mais facilidade do que as mulheres?

A equipe, da Virginia Commonwealth University, na Virgínia, afirma ainda que os homens são mais desconfiados da infidelidade, mesmo quando não estão sendo tríados.
O pesquisador Paul Andrews e uma equipe de especialistas entrevistaram 203 casais heterossexuais com questionários confidenciais. Eles perguntaram aos voluntários se eles já haviam sido infiéis e se suspeitavam ou sabiam que haviam sido traídos. Entre os homens, 29% admitiram já ter traído. Entre as mulheres, o índice foi de 18,5%.
O estudo, reproduzido pela revista científica New Scientist, concluiu que, além de trair mais, os homens também são mais espertos para captar sinais de infidelidade. Eles detectaram 75% dos casos de traição, enquanto as mulheres identificaram apenas 41%.
Além disso, eles também apresentaram uma tendência maior de desconfiar das parceiras, mesmo quando elas não eram infiéis. Para Paul Andrews, esse comportamento tem uma explicação evolutiva, já que, ao contrário das mulheres, os homens nunca podem ter 100% de certeza sobre a paternidade de seus filhos.
Quando a mulher é infiel, o homem pode perder a oportunidade de reproduzir, e acabar investindo seus recursos para criar uma prole de outro homem.
Em entrevista à New Scientist, David Buss, da Universidade do Texas, diz que o estudo contribui para a teoria de que os homens desenvolveram defesas para detectar a traição, o que os leva a ser mais cautelosos ao superestimar a infidelidade de suas parceiras.


Fonte: BBC

quarta-feira, novembro 26, 2008

CLIP DO DIA

O violeiro, compositor, cantor e ator brasileiro Almir Eduardo Melke Sater, mais conhecido como ALMIR SATER, nasceu em Campo Grande no dia 14 de novembro de 1956.
Desde muito pequeno já tocava viola. Estudou direito no Rio de Janeiro. Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e incluiu diversas músicas da fiel parceria com Paulo Simões.
Ficou famoso ao participar da telenovela Pantanal, da Rede Manchete em 1990. Em 1991 protagonizou, ao lado de Ingra Liberato a novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, da mesma emissora.
Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense.
Paralelamente, Almir estabeleceu uma rica parceria com Renato Teixeira, e juntos compuseram várias canções, como "Tocando em Frente", gravada por eles e por outros cantores, como Maria Bethânia e Sérgio Reis.
Exímio violeiro, seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo, a utilização de diversas afinações diferentes e o resgate da música regional. Suas influências vão de Al Jarreau e Beatles às músicas mineira, andina e caipira/sertaneja tradicionais. Também toca violão e domina totalmente o charango.
Almir Sater também participou como ator na telenovela Bicho do Mato, da Rede Record, em que interpretava a personagem Mariano.
Atuou também na telenovela O Rei do Gado, da Rede Globo, de 1996, onde seu personagem fazia uma dupla com o personagem de Sérgio Reis, cuja dupla era denominada "Pirilampo & Saracura", tendo gravado, inclusive, músicas para a trilha sonora da novela.

"Instrumental" - Almir Sater

Idéias que poderiam salvar o mundo

Idéias que poderiam salvar o mundo

Alguns pesquisadores, ante a alarmante circunstância atual, propuseram ao longo dos últimos anos uma série de soluções radicais que têm em comum a pretensão de transformar radicalmente o planeta para compensar o dano já feito. Em alguns casos são propostas obras faraônicas de custos incalculáveis e cuja tecnologia ainda não está a nosso alcance. Em outros, as conseqüências seriam imprevisíveis. Por um motivo ou outro, parece que nenhuma solução simples resolverá o complexo problema da mudança climática.


- Fazer proliferar as algas marinhas

Autor: James Lovelock, pai da teoria Gaia, que considera o planeta como um sistema capaz de se auto regular, e Chris Rapley.

Idéia: Encher os mares com tubos de 200 metros de comprimento. Em sua base teriam grandes válvulas capazes de bombar para cima as águas das profundidades, ricas em nutrientes.

Objetivo: Alterar o ecossistema marinho para a multiplicação de algas que, a sua vez, absorveriam o CO2 da atmosfera e, ademais, provocariam de forma indireta a criação de mais nuvens, com um efeito refrigerador.

A favor: A idéia publicada na revista científica "Nature" em setembro de 2007 baseava-se na capacidade da Terra de curar-se a si mesma», segundo escreveram os autores.

Na contramão: Um mês depois, cientistas do Centro Nacional de Oceanografia de Southampton, Reino Unido, contestavam na mesma revista: "O fato acarretaria águas com maiores níveis de CO2 natural na superfície, causando potencialmente a emissão do tóxico monóxido de carbono".


- Reduzir a radiação solar

Autor: O astrônomo Roger Angel.

Idéia: Um dos projetos mais ambiciosos neste campo seria a construção de uma rede de bilhões de lentes refletor.

Objetivo: Desviar a radiação solar.

Na contramão: O desafio é tecnologicamente impossível hoje em dia, e bem mais custoso que a transição a uma economia sem combustíveis fósseis. Uma proposta análoga seria colocar sobre as águas e desertos discos brancos de plástico, com a idêntica finalidade de refletir a luz do Sol.


- Jogar sal no ar

Autor: John Latham, catedrático emérito da Universidade de Manchester.

Idéia: Aumentar a refletividade das nuvens evaporando a água dos oceanos.

Objetivo: Evitar parte da radiação solar atrasando as chuvas fazendo com que as nuvens durassem mais.

A favor: A idéia baseia-se em modelos computacionais.

Na contramão: A solução não duraria mais que algumas semanas, pelo que seria necessário uma frota de grandes barcos especiais salinizando constantemente a atmosfera.


- Injetar enxofre na atmosfera

Autor: Cientistas como o Nobel de Química Paul Crutzen.

Idéia: Injetar toneladas de partículas de enxofre ou dióxido sulfúrico na atmosfera. Centenas de aviões ou balões se encarregariam da tarefa.

Objetivo: Aumentar o índice de refletividade da atmosfera e portanto reduzir a radiação solar.

Na contramão: Um recente estudo do Centro Nacional para a Investigação Atmosférica (NCAR), publicado na revista científica "Science", determinou que a medida causaria danos irreversíveis na camada de ozônio, que permitiria uma maior quantidade de radiação ultravioleta, tão ou mais nociva a vida terrestre.


- Fertilizar o mar com ferro

Autor: Empresas como a Planktos. É uma das propostas criadas que mais repulsa, por implicar fins comerciais.

Idéia: Fertilizar os mares com partículas de ferro.

Objetivo: Multiplicar a quantidade de fitoplâncton presente na água, gerando uma explosão de vida vegetal marinha, que absorveria mais CO2.

A favor: Sua aplicação pode ser imediata e pouco custosa.

Na contramão: Poderia alterar a circulação do ferro nos oceanos. A Planktos tentou provar a técnica nas Ilhas Galápagos e nas Ilhas Canárias, mas a iniciativa foi condenada por cientistas e ecologistas. Segundo o Greenpeace os efeitos negativos podem ser maiores que os benefícios.


Fonte: Metamorfose Digital

Você sabia?

Você sabia que o consumo de cerveja após a realização de exercício físico pode trazer benefícios ao corpo humano?

Segundo o jornal britânico Daily Mail, uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Granada em Espanha, mostra que a bebida ajuda a repôr o líquido perdido na transpiração, durante o exercício.
Os investigadores acreditam que os açúcares, sais e gás da cerveja ajudam o organismo a absorver os fluidos mais rapidamente.
O jornal afirma que, com base no estudo, os pesquisadores recomendam o consumo moderado de cerveja após os exercícios - 500 ml para homens e 250 mil para as mulheres - como parte de uma dieta atlética.
Segundo James Betts, especialista em rehidratação pós-exercício da Universidade inglesa de Bath citado pelo Daily Mail, muitas pessoas pensam no álcool como um diurético, mas se você já está hidratado, uma pequena quantidade de cerveja pode ser um modo de ingerir fluidos. Mas Betts afirma que a melhor maneira de se rehidratar depois de fazer exercício ainda é com bebidas energéticas ricas em açúcares, água e sal.


Fonte: Saúde On Line

IMAGEM ESPETACULAR !!!!!

O hotel "Atlantis, The Palm", em Dubai, custou 1,5 bilhão de dólares e conta com 1.539 quartos, a um preço de 35.000 dólares a diária.

Ignorando completamente a crise econômica mundial, Dubai inaugurou este novo hotel de luxo, construído numa ilha artificial, com uma festa extravagante de 20 milhões de dólares.
Mais de 2.000 personalidades foram convidadas pela sociedade Kerzner International, do magnata sul-africano Sol Kerzner, e seu sócio local, a imobiliária Najeel, controlada pelo emirado, para a inauguração oficial do "Atlantis, The Palm", hotel cinco estrelas que abriu suas portas em setembro passado.
Entre os convidados estavam artistas como Robert De Niro, Janet Jackson, empresários como Richard Branson e atletas como Boris Becker e Michael Jordan.
Espetáculo de fogos de artifício e um show da australiana Kylie Minogue abrilhantaram o evento.
O hotel está situado em "Palm Jumeirah", a primeira das três ilhas artificiais em forma de palmeira construídas pela Najeel.
Além disso, possui o maior parque aquático do Oriente Médio e um gigantesco aquário de 11 milhões de litros de água e 65.000 peixes.


Fonte: G1 / Sugestão e colaboração: Wilson Freitas

terça-feira, novembro 25, 2008

CINEMANIA

Os grandes diretores de Cinema

François Truffaut

Para mudar um pouco, falarei sobre um diretor francês. Expoente da chamada Nouvelle Vague (movimento artístico do cinema francês que se insere no movimento contestatório próprio dos anos sessenta. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial), François Truffaut nasceu em Paris em 6 de Fevereiro de 1932. Ele foi um dos fundadores do movimento nouvelle vague e um dos maiores ícones da história do cinema do século XX. Em quase 25 anos de carreira como diretor, Truffaut dirigiu 26 filmes. Conciliou um grande sucesso de público e de crítica na maior parte deles. Os temas principais de sua obra foram as mulheres, a paixão e a infância. Além da direção cinematográfica, Truffaut foi também roteirista, produtor e ator.


Trajetória de vida

François Truffaut não conheceu o pai biológico e foi rejeitado pela mãe. Criado pelos avós maternos, seu avô era um homem rígido e a avó despertou no menino a paixão pela literatura e música. Com sete anos, François viu o primeiro filme no cinema, Paradis perdu, de Abel Gance. Dali em diante, interessou-se assiduamente pela sétima arte.
Aos 10 anos, François perdeu a avó e foi morar com a mãe, que estava casada com Roland Truffaut, um arquiteto católico. Roland acabou registrando o garoto com o seu sobrenome. Foi o período mais difícil da infância de Truffaut. Rechaçado tanto pelo pai adotivo quanto pela mãe, seu espírito rebelde o tornou um mau aluno na escola e ele passou a cometer alguns atos de deliqüência, como pequenos furtos. Esta fase de convívio com os pais inspiraria Truffaut em seu primeiro trabalho cinematográfico, o autobiográfico “Os Incompreendidos”.
Nessa época, Truffaut cabulava aula para assistir filmes com um colega de escola. Aos 14, abandonou a escola definitivamente e passou a viver de pequenos trabalhos e alguns furtos. A paixão pelo cinema fez o jovem Truffaut fundar, em 1947, um cine-clube, chamado "Cercle cinémane". Aquela era uma época de enorme efervencência cultural na França pós-II Guerra Mundial, e os cineclubes, lotados, era o local para se assistir às projeções e discuti-las depois. Mas o "Cercle" não teria vida longa, já que ele concorria com o "Travail et culture", cine-clube do escritor e crítico de cinema André Bazin. Bazin soube que o "Cercle" estava à beira da falência e foi conhecer Truffaut. Sensibilizado com o menino cinéfilo, o crítico tornaria-se uma espécie de "pai" para François.
A influência de Bazin na vida de François Truffaut foi decisiva. O jovem tornou-se autodidata, esforçando-se para ver três filmes por dia e ler três livros por semana. Ele até chegou a fazer um acordo com o pai adotivo, que lhe custearia despesas derivadas de sua vida cinéfila. Em troca, Roland Truffaut exigiu que François arrumasse um emprego estável e abandonasse o seu cine-clube de vez. Mas o garoto descumpriu o acordo, e Roland Truffaut o internou em um reformatório juvenil, e passou sua custódia para a polícia. Os psicólogos do reformatório contactaram Andre Bazin, que prometeu dar um emprego a François no "Travail et culture". Sob liberdade condicional, Truffaut foi internado em um lar religioso de Versailles, mas seis meses depois foi expulso por mau comportamento.
Aos 18 anos, François Truffaut tornou-se secretário pessoal de Andre Bazin e obteve a emancipação legal dos país. Bazin continuou a lhe dar a formação adequada em cinema, introduzindo-o no "Objectif 49", um seleto grupo de jovens estudiosos do novo cinema da época, como Orson Welles e Roberto Rossellini. Mais tarde, integrariam o "Objectif 49" nomes como Jean-Luc Godard, Suzanne Schiffman e Jean-Marie Straub. Truffaut também participava do "Ciné club du Quartier Latin", boletim sobre cinema coordenado por Eric Rohmer, em que ele daria seus primeiros passos como crítico da "sétima arte". Em abril de 1950, François Truffaut foi contratado como jornalista pela revista “Elle” e passou a escrever seus primeiros textos. Também fazia contribuições regulares para outras publicações.
Em decisão inexplicável, Truffaut largou a profissão e alistou-se nas Forças Armadas francesas. Arrependido, tentou escapar, mas acabou preso por tentativa de deserção. Novamente, Andre Bazin intercedeu por ele e Truffaut livrou-se do serviço militar depois de dois anos, em fevereiro de 1952. Desempregado, aceitou morar com a família de Bazin e dedicou-se a ver filmes e escrever artigos como freelancer.
Em 1953, Andre Bazin ajudou Truffaut a entrar para a "Cahiers du cinéma ", nova revista sobre cinema criada por Andre Bazin, Jacques Doniol-Valcroze e Joseph-Marie Lo Duca e tornaria-se a mais influente publicação sobre o assunto na França. E logo com seu primeiro artigo, "Une Certaine tendance du cinéma française" - um manifesto contra "a tradição da qualidade" do cinema francês -, Truffaut causou polêmica no meio cinematográfico, seja para defendê-lo ou criticá-lo. Ao longo de seis anos na revista, Truffaut publicou 170 artigos, a maioria deles críticas de filmes ou entrevistas com diretores, alguns dos quais se tornariam seus amigos, como Jean Renoir, Max Ophuls e Roberto Rossellini. Alvo constante de críticas de publicações de tendência esquerdista, como "L'Express" e "Les Temps modernes", Truffaut manteve sua postura de atacar aquilo que julgava ser um cinema obsoleto. Mas sempre fez questão de evitar o engajamento político, embora tivesse militado em algumas ocasiões, como contra a guerra na Argélia.


A Nouvelle Vague

Como crítico, François Truffaut desenvolveu sua famosa "Politique des auteurs" (teoria autoral, em português). Neste conceito, o filme é considerado uma produção individual, como uma canção ou um livro. Truffaut defendia que a responsabilidade sobre um filme dependia quase que exclusivamente de uma única pessoa, em geral o diretor. Para ele, o grande representante de sua teoria era o diretor inglês Alfred Hitchcock.
A "Politique des auteurs" foi a base para o surgimento de um movimento que revolucionaria o cinema francês. Criada por jovens cineastas franceses, a Nouvelle Vague defendia tanto a produção autoral, com também uma produção intimista e a baixo custo. Esta nova geração era formada principalmente por jovens críticos das publicações especializadas. E a dúvida que pairava era: será que um crítico é capaz de fazer um filme? François Truffaut foi um dos primeiros a tentar provar que era possível. Ele realizou três curtas-metragem. Ainda naquele ano, Truffaut publicou o conto "Antoine et l'Orpheline" na "La Parisienne" - onde também era colaborador - e fez sua primeira entrevista com Alfred Hitchcock, em Paris, para a revista "Cahiers".


Casamento e carreira

Em 1956, Truffaut foi assistente de produção de Rossellini e, no ano seguinte, fundou sua própria companhia de cinema, a Les films du Carrosse. Em 1957, casou-se com Madeleine Morgenstern, filha do rico distribuidor Ignace Morgenstern. O casamento com Madaleine garantiu plena independência artística-financeira para os trabalhos de François Truffaut. Com ela, o cineasta teve duas filhas: Laura (1959) e Eva (1961). Durante a produção de "Os Incompreendidos", Truffaut viu, em 11 de novembro, o "pai" Andre Bazin falecer, vitimado pela leucemia.
Com as gravações de "Jules et Jim", o cineasta teve um caso de amor com a atriz francesa Jeanne Moreau, casada na época com o costureiro Pierre Cardin. Em 1964, Truffaut decidiu romper seu casamento com Madeleine Morgenstern, e manteve o romance com Moreau, recém-separada de Cardin.
No fim dos anos 60, o diretor e Godard rompem uma longa amizade, iniciada na redação da "Cahiers du Cinéma". A ruptura seria para sempre, embora Godard tentasse uma reconciliação nos anos 80.
Em 1973, depois do sucesso com “A Noite Americana”, com o qual ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, Truffaut recusou proposta da Warner Brothers para refilmar Casablanca. Quatro anos depois, o cineasta atuou em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, do diretor norte-americano Steven Spielberg. Em outubro de 1979, François Truffaut aceitou o cargo de presidente da "Federação International dos Cine-clubes".


Obra

François Truffaut fez seu primeiro filme em 1954. Foi o curta-metragem “Uma Visita”, filmado em preto-e-branco e 16mm. No mesmo ano, produziu o argumento de “Acossado”, de Godard, futuro e aclamado filme deste diretor. Em 1958, Truffaut e Godard co-dirigiram o curta “Une Histoire D'Eau”. Com a fundação da Les films du Carrosse, Truffaut produziu outro curta. “Os pivetes”, também filmado em preto-e-branco e 16mm, recebeu boa recepção da crítica especializada e lhe deu o prêmio de Melhor Diretor do Festival du Film Mondial, de Bruxelas.
Em 1958, com recursos de seu sogro, fez um projeto inspirado em suas experiências da infância e pré-adolescência, o longa-metragem “Os Incompreendidos”. Sucesso internacional, este filme definitivamente inaugurou a Nouvelle Vague. O jovem Jean-Pierre Leaud, aos 14 anos, interpretou Antoine Doinel, alter-ego de Truffaut. Assim como Bazin tornara-se um pai para Truffaut, este seria o grande mentor de Leaud. Em abril de 1959, os “Incompreendidos” ganharia o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes, além de ter sido indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
Em novembro de 1960, foi lançado “Atirem no pianista”, segundo longa-metragem do diretor e seu primeiro filme noir, baseado no romance policial "Down There", do norte-americano David Goodis. O filme foi um fracasso de público, o que levou muitos jornalistas a decretarem o fim da Nouvelle Vague. Mas com “Jules et Jim” (Uma mulher para dois), lançado em janeiro de 1962, Truffaut tentou provar o oposto. Com Jeanne Moreau no papel principal, Jules et Jim - adaptação homônima do livro do francês Henri-Pierre Roché, que conta o triângulo amoroso de três amigos -, é considerado uma das obras-primas do movimento. Ainda naquele ano, Truffaut lançou o curta “Amor aos 20 anos”, uma seqüência das aventuras de Antoine Doinel.
Em 1964, estreou “Um só pecado”, o quarto longa do cineasta, um drama psicológico sobre a paixão de um renomado conferencista por uma jovem. Em 1966 faz Fahrenheit 451, filme inspirado na ficção do escritor norte-americano Ray Bradbury, que narra a história de uma sociedade totalitária no futuro, onde os livros foram banidos. Foi o primeiro filme colorido de Truffaut.
Em abril de 1968 foi lançado “A Noiva Estava de Preto”. Inspirado na obra do escritor norte-americano William Irish, A Noiva... era o segundo film noir do diretor e novamente foi estrelado por Moreau. Ele conta a história de uma mulher em busca de vingança pelo assassinato do noivo. Em setembro, estreou “Beijos Proibidos”, mais uma história com o alter-ego do diretor. Nela, Antoine Doinel apaixona-se por Christine (Claude Jade), uma violonista burguesa. O filme foi também um registro feito da cidade de Paris antes dos acontecimentos de maio de 68. O diretor acabou por se casar com Jade, naquele ano.
“A Sereia do Mississippi”, lançado em junho de 1969, é mais uma adaptação que o diretor fez de uma obra de Irish. Com Jean-Paul Belmondo e Catherine Deneuve, o filme conta a história de um rico empresário do tabaco, de Reunião, que conhecera uma mulher por correspondência e se casaria com ela, mas ele se envolve em uma louca paixão com uma mulher totalmente diferente daquela com a qual pretendia casar. Em fevereiro de 1970, foi lançado “O Garoto Selvagem”, adaptação de Jean Itard. É o primeiro filme em que Truffaut ganha um papel de destaque (ele já havia feito uma sutil aparição em "Os Incompreendidos”), ao interpretar o professor Itard, que vivenciou a experiência de encontrar um menino nas selvas, que foi educado por ele. Leaud, em Domicílio Conjugal, de setembro de 1970, mostra um Antoine Doinel casado com Christine.
“O Homem que Amava as Mulheres” (1977) narra a vida e os casos amorosos de Bertrand Morane Charles Denne. Inspirado em "The altar of the dead", de Henry James, O quarto verde foi lançado em 1978. A obra conta a história de Julien Davenne (interpretado por Truffaut), um jornalista que venera a mulher prematuramente morta. Em 1979, chegou ao fim a saga de Antoine Doinel, com o lançamento de “Amor em fuga”. Já tendo passado do 30 anos e separado de Christine, Doinel tenta ainda encontrar o amor.
Um dos mais premiados filmes do diretor foi “O Último Metrô” (1980), o filme contou os astros Gérard Depardieu e Catherine Deneuve. Durante a França ocupada pelos nazistas, um dramaturgo judeu comanda uma peça do porão de seu teatro. Vencedor o César em 10 categorias e recebeu indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Em 1981, estreou “A Mulher do Lado”, com Fanny Ardant e Gérard Depardieu. O filme narra a tragédia história de amor de Bernard e Mathilde, que se reencontram depois de viverem um tórrido romance. Último filme de François Truffaut, “De repente num domingo” (1983), o filme narra a história de uma mulher que ajuda um homem, acusado por assassinato, a encontrar o verdadeiro criminoso.


Morte

No início dos anos 80, Truffaut queixava-se de intensas dores de cabeça e descobriu mais tarde que estava com câncer no cérebro. Pensava em fazer sua autobiografia, com o amigo Claude de Givray, mas os problemas de saúde o impediram de finalizá-la. Em 21 de outubro de 1984, François Truffaut faleceu, no Hospital Americano de Neuilly-sur-Seine, vítima de um tumor cerebral, causado pelo vício do cigarro.


Filmografia

Uma Visita (1955)
Les Mistons (1957)
Histoire D´Eau, Une, co-dirigido com Jean-Luc Godard (1958)
Os Incompreendidos (1959)
Atirem no Pianista (1960)
Jules e Jim (1962)
Amor aos 20 anos (1962)
Um só pecado (1964)
Fahrenheit 451 (1966)
A Noiva Estava de Preto (1968)
Beijos Proibidos (1968)
A Sereia do Mississippi (1969)
O Garoto Selvagem (1970)
Domicílio Conjugal (1970)
Duas Inglesas e o Amor (1971)
Uma jovem tão bela como eu (1972)
A Noite Americana (1973)
A História de Adèle H. (1975)
Na idade da inocência(1976)
O Homem que Amava as Mulheres (1977)
O Quarto Verde (1978)
Amor em Fuga (1979)
O Último Metrô (1980)
A Mulher do Lado (1981)
De repente num domingo (1983)


Viviane Ponst