sexta-feira, outubro 31, 2008

Você sabia?

Você sabia que a migração dos peixes é um mistério para os cientistas?

A migração dos peixes é um verdadeiro mistério para a ciência.
Os peixes do oceano são guiados por temperaturas, correntes e concentrações de organismos nutritivos, mas algumas migrações se fazem segundo roteiros tão peculiares, que nos desafiam a explicar como e porquê acontecem.
Muitos peixes buscam melhores locais para desova e abastecimento. Alguns peixes de água salgada desovam em rios (água doce), como por exemplo o Salmão.Ele se expõe a inúmeros predadores, enfraquece, mas enfrenta a jornada rio acima para muitas vezes morrer logo após a desova. Alguns especialistas afirmam que eles regressam para zonas ancestrais de desova, sendo que sua primeira morada foi na água doce e que sua migração para o mar é um costume imposto pela necessidade de procurar alimento. Permanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida antes de ir para o mar. Suporta temperaturas baixas em água doce ou salgada.O salmão avança rio acima a uma velocidade de 10 a 12 km por hora, e é muito conhecido de habitantes das regiões onde eles são abundantes, por seu hábito peculiar de galgar as cataratas aos saltos. Pulam alturas de 2.5 a 3.5 metros de cada vez e se não conseguem no primeiro salto, tentam seguidamente até que conseguem ou caem exaustos.
Como se orientam? Por quê aparecem cardumes em certas águas, em épocas certas, com pontualidade cronométrica?
Fonte: Rain Forest

CINEMANIA

Os grandes diretores de Cinema

Já falei dele em dois artigos, mas não podia deixar de dedicar um texto exclusivo. Acho que já perceberam que sou fã incondicional, né? Com vocês... Billy Wilder!

Viviane Ponst


Billy Wilder

Nascido na Áustria em 22/7/1906, o judeu Samuel Wilder foi um gênio do cinema. O apelido, Billy, foi dado pela mãe quando ele era criança.
Estudou direito e queria ser advogado, mas desistiu para se tornar repórter de jornal em Viena, na Áustria e depois em Berlim, na Alemanha. Tudo isso sempre freqüentando e conhecendo o meio artístico. Colaborou inclusive com roteiros de filmes mudos na Alemanha.
Assim como Fritz Lang, Wilder fugiu para Paris com a chegada de Adolf Hitler ao poder na Alemanha. E foi na cidade-luz que ele dirigiu seu primeiro filme: "Curvas Perigosas".
Em seguida, novamente como Fritz Lang, partiu para os Estados Unidos. No início encontrou dificuldades com a língua, mas foi ajudado pelo ator Peter Lorre (de “M, O Vampiro De Düsseldorf”), com quem chegou a dividir apartamento. A amizade com Lorre acabou ajudando seu acesso aos estúdios americanos.
Billy Wilder tornou-se cidadão americano em 1940 e pode-se dizer que ele sentia-se em casa na América. Em seus primeiros anos em Hollywood trabalhou como roteirista e como colaborador de Charles Brackett, com quem escreveu, entre outros, "Ninotchka" (1939); "Pacto De Sangue" (1944), "Farrapo Humano" (1945); "The Lost Week-end" (1945), que ganhou o Oscar de melhor direção e roteiro; e "Crepúsculo Dos Deuses" (1950), que também levou a estatueta de melhor roteiro.
Dirigiu Marilyn Monroe em "O Pecado Mora Ao Lado" (1955) e em "Quanto Mais Quente Melhor" (1959), considerada uma das melhores comédias do cinema de todos os tempos.
Ao todo, foi indicado ao Oscar 21 vezes e levou seis estatuetas, duas delas como diretor. Além de Monroe, Wilder trabalhou com Marlene Dietrich, Gloria Swanson, William Holden, Greta Garbo, Tony Curtis, Barbara Stanwyck, Ginger Rogers, Audrey Hepburn, Gary Cooper e Jack Lemmon.
O clássico “A Montanha Dos Sete Abutres” (1951), e as comédias “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) e “Se Meu Apartamento Falasse” (1960) foram produzidos por ele mesmo (esses dois últimos lhe renderam o Oscar de Melhor Filme e Melhor Direção).
Wilder parou de trabalhar em 1981 após seu último filme "Amigos, Amigos, Negócios À Parte". Faleceu de pneumonia em 2002, com 95 anos, em Beverly Hills, Los Angeles.
O mestre se foi, mas sua obra ficou e até hoje é admirada.


Filmografia

Amigos, Amigos, Negócios à Parte (1981)
Fedora (1978)
A Primeira Página (1974)
Avanti... Amantes à Italiana (1972)
A Vida Íntima de Sherlock Holmes (1970)
Uma Loura por um Milhão (1966)
Beija-me Idiota (1964)
Irma la Douce (1963)
Cupido Não Tem Bandeira (1961)
Se Meu Apartamento Falasse (1960)
Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Águia Solitária (1957)
Amor na Tarde (1957)
Testemunha de Acusação (1957)
O Pecado Mora ao Lado (1955)
Sabrina (1954)
Inferno Nº 17 (1953)
A Montanha dos Sete Abutres (1951)
Crepúsculo dos Deuses (1950)
A Mundana (1948)
A Valsa do Imperador (1948)
Death Mills (1945) (Curta-metragem)
Farrapo Humano (1945)
Pacto de Sangue (1944)
Cinco Covas no Egito (1943)
A Incrível Susana (1942)
Semente do Mal (1934)


Fontes: O. Veillon / Wikipédia / UOL

CLIP DO DIA

O MOTORHEAD é conhecido pelo seu peso e velocidade, que influenciou muitas bandas de heavy metal, thrash metal, punk rock e hardcore.
A banda foi formada em 1975 pelo vocalista, letrista e baixista Lemmy Kilmister.
O baixista Lemmy Kilmister começou na música ainda na década de 60, como roadie da banda de Jimmy Hendrix. A sua estréia profissional no meio artístico daria-se com a banda de rock psicodélico Hawkwind que alcançou alguns hits na década de 70.
Mais tarde Lemmy viria a ser despedido dos HawKwind por ter sido barrado no aeroporto do Canadá por porte de drogas (na verdade se tratava de anfetamina). Lemmy não baixa os braços e decide então montar a sua própria banda com o baterista Lucas Fox e Larry Wallis, chamando esta nova banda de Bastards, mas em seguida mudando o nome para Motörhead (uma gíria americana usada por viciados em anfetaminas) que foi o nome de sua última contribuição para os HawKwind. Lucas Fox foi trocado por Phil ("Philthy Animal") Taylor que era um músico amador e amigo de infância de Lemmy.
Depois da gravação do que seria o primeiro álbum, On Parole, que não chegou a ser lançado pela gravadora por ser considerado pouco comercial, decidem chamar um segundo guitarrista para a banda, "Fast" Eddie Clarke. Larry Wallis logo sairia da banda, que voltaria então a ser um trio.
O primeiro álbum (auto-intitulado) foi finalmente lançado em 1977 por uma gravadora pequena. Overkill, segundo álbum, foi o primeiro lançado por uma gravadora grande, em 1979, gerando o primeiro hit da banda, o cover "Louie Louie".
Com Bomber (1979) e Ace Of Spades (1980) a banda alcançou o grande público e teve relançada a gravação inédita do princípio de carreira, On Parole, que havia sido desprezada pelas gravadoras quando de sua gravação original. Ace Of Spades é considerado por muitos como o melhor momento registrado pelo Motörhead, o álbum que capturou a banda no seu pico.
Em 1982 o guitarrista original Fast Eddie abandonou a banda, sendo substituído por Brian Robertson (que havia tocado com o Thin Lizzy), que não esquentou lugar em virtude da péssima recepção por parte dos fãs (e por se negar a tocar algumas faixas antigas), sendo substituído por uma dupla de guitarristas, Mick Wurzel e Phil Campbell.
O baterista original Philty Taylor também foi substituído por Pette Gill nesta mesma época. Philty ficaria fora da banda por pouco tempo, voltando logo após a gravação do clássico Orgasmatron de 1986 (cuja faixa título foi regravada pelo Sepultura). Com seu baterista original gravariam os discos Rock and Roll e 1916. Na tour de 1916 Philty novamente abandonou a banda, sendo substituído por Mickey Dee, baterista da banda de King Diamond (vocalista do Mercyful Fate).
Após o lançamento do álbum Sacrifice o guitarrista Mick Wurzel abandonou a banda, que voltou a ser um trio.

"Orgasmatron" - Motorhead

quinta-feira, outubro 30, 2008

Você sabia?

Você sabia que em Belém chove praticamente todos os dias e quase com horário marcado?

"Você vai sair antes ou depois da chuva?" Quem não conhece o Pará pode até se assustar com essa pergunta, mas ela é bastante comum na região.
Devido ao clima quente e úmido, em Belém chove praticamente todos os dias e quase com horário marcado: por volta das 3h da tarde. Sendo assim, pode-se aproveitar para fazer uma sesta e descansar depois do almoço.
O clima em Belém é quente e úmido, tipicamente equatorial, influência direta da floresta amazônica, onde as chuvas são constantes.As incontáveis mangueiras existentes nas ruas de Belém ajudam a amenizar o calor, principalmente nos meses mais quentes de julho a novembro quando a temperatura pode chegar a 41 graus. Além de aliviar o calor, as mangueiras ornamentam a cidade e fazem a delícia dos amantes da manga, já que em janeiro e fevereiro, época da safra, Belém é inundada pelo fruto, sendo assim conhecida como "Cidade das Mangueiras".
Fontes: Cidades Do Pará / Wikipédia

PLANET MUSIC

A ciência que estuda a origem e a evolução dos instrumentos musicais é a "organologia", ao passo que aquela que se dedica à escrita é a "organografia". Por meio delas, foi possível reconstruir a história de diversos instrumentos, com maior destaque para os de sopro, percussão e teclado, já que estes possuem registros mais precisos. Mas os instrumentos de corda, como o violino e o violoncelo, ainda carecem de maiores informações.Wilson Freitas


Os primeiros contrabaixos

Os registros organográficos informam que por volta de 1450, passou-se a usar o registro de baixo, uma verdadeira inovação, cuja ausência era bastante reclamada pelos compositores, pois muitos achavam que sua música soava com timbres bastante agudos. Uma forma de contornar tal problema foi dividir os instrumentos em registros diferentes. No entanto, os resultados obtidos não foram satisfatórios.
Uma vez constatado tal obstáculo, surgiu a necessidade da invenção de instrumentos que fossem capazes de atingir regiões mais graves na escala. A solução encontrada foi a construção de instrumentos maiores, baseados na estrutura dos utilizados normalmente, tomando o cuidado de não efetuar mudanças estruturais que viessem a prejudicar a obtenção dos novos graves.
Um destes celeiros de construção foi a Itália. Naquele país, as violas tinham três tamanhos: gamba aguda, tenor e baixa. Foi neste período que surgiu o violone, que pode ser considerado como o parente mais próximo do moderno contrabaixo de orquestra. No início do século 17, ele se tornou o nome que designava o maior de todos os instrumentos: a viola contrabaixo. Isso se modificou somente após a segunda metade do século 18, quando o contrabaixo separou-se do violone. No final daquele século, o contrabaixo adquiriu sua forma estrutural definitiva, passando a integrar as mais diferentes formações musicais.
O domínio do grande contrabaixo acústico como única opção para a emissão de sons graves perdurou até 1951. A partir daí, tudo mudou com a invenção do primeiro baixo elétrico, construído por um técnico de rádio.
Foi então que um homem mudou para sempre o mundo da música dando ao contrabaixo um status até então desconhecido. Clarence Leo Fender, um técnico em eletrônica de 42 anos do sul da Califórnia, lançou, no fim de 1951 o mais revolucionário instrumento musical do século XX. Inspirado na guitarra elétrica Telecaster, a primeira de corpo sólido com características contemporâneas, que ele colocara no mercado apenas um ano antes, Fender criou a guitarra baixo elétrica, ou simplesmente baixo elétrico. Batizando-o de Precision, já que os trastos em sua escala de 34 polegadas permitiam precisão nas notas, rapidamente tornou-se conhecido entre os músicos, passando a ser chamado por eles de Fender Bass, por algum tempo. O tamanho da escala, considerada ideal até hoje, foi escolhido após muitas pesquisas e testes de erro e acerto por Leo e seu companheiro, George Fullerton. As escalas de 30 polegadas não permitiam que a corda vibrasse o esperado para produzir um bom som e a de 36 polegadas dificultava o músico, pelo tamanho das casas.
Seu desenho era arrojado e totalmente diverso do contrabaixo tradicional, assim como das tentativas fracassadas feitas anteriormente por Ampeg, Gibson, Audiovox e Regal. Seu corpo em ash com dois recortes, para permitir o acesso às notas mais agudas, braço em maple fixado ao corpo por quatro parafusos, com tarraxas Kluson de um só lado da mão e um captador em Alnico (liga de alumínio, níquel e cobalto) com controles de volume e tonalidade. Ele era ligado a um amplificador desenhado especialmente por Fender para reproduzir as freqüencias mais baixas do instrumentos (Bassman Amp), lançado na mesma época. O baixo elétrico nasceu pronto, sem que fosse necessária nenhuma evolução, como aconteceria com a guitarra, o órgão, e até mesmo a bateria. Se você tiver curiosidade de comparar o Fender Precision 51 com um modelo atual, verá que as modificações feitas foram meramente cosméticas ou ocasionadas pelo natural desenvolvimento tecnológico, sem alterar a concepção inicial. Não houve, na verdade, um protótipo, mas um modelo perfeito e definitivo.
Convidado por Leo Fender a visitar sua fábrica e experimentar o Precision Bass, o baixista William "Monk" Montgomery (irmão do guitarrista virtuose Wes Montgomery) foi um dos primeiros a divulgar o novo instrumento pelos EUA e Europa.


Fontes: Talk Bass / Cover Baixo

Você sabia?

Você sabia que o neto de Jacques Cousteau criou um submarino no formato de um tubarão?

Criado em Paris e nascido em Nova Yorque, o neto de Jacques Cousteau está a levar a exploração dos oceanos ao extremo .
O explorador tornou-se um tubarão virtual graças ao seu novo submarino que tem o formato de um tubarão. Ele usa-o para mergulhar entre os grandes tubarões brancos.
Criado ao custo de mais de US$100.000, o aparelho de 4,3 metros foi desenhado para parecer e se mover como um tubarão de verdade ."Ele leva um único passageiro, deitado e apoiado nos cotovelos. Isto é parecido com ver o primeiro ser humano no espaço sideral na sua cápsula".Cousteau usou o submarino para fazer um documentário para desmistificar a idéia de que os tubarões são assassinos frios. ”Os grandes tubarões brancos estão na terra há 400 milhões de anos e quem sobreviveu esse tempo todo não pode ser estúpido”, diz ele.
O documentário Tubarão: Mente de um Demônio - Um olhar sobre a percepção humana das criaturas foi exibido na CBS.
Cousteau nomeou o submarino de Tróia, numa referência á guerra de Tróia e seu cavalo. O submarino Tróia foi inspirado no desenho Tintin - O Tesouro de Rackam o Terrível, cuja capa, o herói e seu cão estão num submarino em forma de tubarão.




Fonte: National Geographic

terça-feira, outubro 28, 2008

CINEMANIA

Os grandes diretores de Cinema

Para o deleite do prezado leitor, inauguro, a partir de hoje, a série de textos “Os grandes diretores de cinema”. Poderia começar falando de David Griffith e seu “O nascimento de uma nação”. Mas deixarei para uma próxima. Não vou seguir a um critério cronológico, tampouco de nacionalidades: vou seguir falando de diretores que julgo de grande importância (e que gosto também).

Viviane Ponst


Fritz Lang

Temas e figuras obsessivas; homens de boa índole alterados pela necessidade de vingança. Estes são os assuntos preferidos de Fritz Lang.
Friedrich Anton Christian Lang nasceu em Viena, na Áustria, em 5/12/1890. Conhecido como FRITZ LANG, além de grande cineasta, foi também produtor.
Em 1911, com 21 anos, mudou-se para Munique, na Alemanha, oportunidade em que estudou pintura e escultura. Como conheceu amigos que trabalhavam com cinema, foi convidado para trabalhar numa pequena produção e abandonou as artes plásticas.
As habilidades com as artes acabaram sendo aproveitadas no cinema, tornando-o um diretor inovador nos enquadramentos, no uso da luz e, principalmente, das sombras, por conta da influência do expressionismo.
Bem à época da Alemanha nazista de Hitler, Lang e sua esposa, a roteirista Thea Von Harbou, foram convidados pelo chefe nazista, através do Ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, para produzir filmes para o Partido.
Após assistir ao filme Metropolis(*), de Lang, Hitler achou que ele era o cineasta ideal para trabalhar com o Partido. Lang não aceitou e fugiu para Paris: ele também tinha medo que os nazistas descobrissem sobre a ascendência judaica de sua mãe.
Devido a um filme fracassado que fez na França ao lado do representante da Fox, Eric Pommer, resolveu se mudar para os Estados Unidos, em 1934.
Executivos da MGM sabiam do talento de Lang e o todo-poderoso David Selznick o contratou. Lang foi bem recebido nos Estados Unidos e passou um ano apenas aprendendo inglês e descobrindo o american way of life. Em 1936 fez sua obra-prima: “Fúria”. Sua obra, nesse período, é marcadamente contrária ao nazismo.
Lang ficou conhecido como expoente dos filmes chamados “noir”. Film noir, do francês, significa filme preto, trata-se de um estilo associado a filmes policiais, que retrata os personagens principais num mundo cínico e antipático. Historicamente filmados em preto-e-branco e caracterizados pelo alto contraste, com raízes na cinematografia característica do Expressionismo alemão, o noir é derivado dos romances de suspense da época da Grande Depressão e do estilo visual dos filmes de terror da década de 1930. Os primeiros Films noirs apareceram no começo da década de 1940.
No final da década de 1950, Fritz Lang retornou para a Alemanha e fez mais três filmes antes de se aposentar. Voltou para os Estados Unidos, onde faleceu.


Algumas sinopses (por cronologia)

(*) “Metropolis” (1927) - conta a história da cidade de Metropolis, no ano de 2026. Em síntese, o filme trata da até hoje atual luta de classes. A humanidade é dividida em duas partes: os intelectuais, que moram na superfície, e os operários, que vivem nos subterrâneos da cidade e trabalham para que ela funcione. A classe oprimida dos subsolos não se diferencia muito das periferias de hoje. A divisão, porém, é abalada quando o filho do prefeito desce aos subterrâneos e acaba se apaixonando por uma operária que tenta liderar seus companheiros contra os maus tratos a que são submetidos.

“A Mulher na Lua” (1929) - retorno de Lang à ficção científica, gênero que o consagrou com “Metropolis”. É a história de um cientista que descobre ouro na Lua e organiza uma expedição até lá. Mas trata-se de um pretexto para um estudo sobre a personalidade humana e as mudanças provocadas pela ambição.




“M, O Vampiro de Dusseldorf” (1931) – Peter Lore interpreta brilhantemente o assassino em série que aterroriza a cidade de Düsseldorf (Alemanha), molestando e matando crianças. No primeiro filme falado de Lang, nota-se que ele não teve dificuldade em fazer a transição do cinema mudo para o sonoro. (vide artigo anterior do blog). “M” foi rodado quase exclusivamente em estúdio.
O filme foi inspirado, provavelmente num fato real, refletindo o clima de terror que predominava na Alemanha, na época da ascensão do nazismo. A idéia surgiu quando o diretor soube de um assassino de crianças, Peter Kürten, que por volta de 1925 cometeu crimes na cidade de Düsseldorf.
O assassino tem uma mente perturbada que precisa de ajuda. Mas a polícia é insuficiente e o povo começa a agir por conta própria. Como bem escreveu Marcelo Lyra, em seu artigo “Dossiê Fritz Lang”, “no desprezo pela ordem e na criação de um Estado paralelo, com direito a julgamento, Lang nos mostra o ovo da serpente, o nazismo em gestação. Destaque para os cenários claustrofóbicos, o uso de sombras, já sua marca registrada, ângulos de câmera distorcidos... Um show de técnica. No julgamento, a multidão é mostrada como uma massa amorfa, bem ao estilo expressionista”.

“O Testamento do Dr. Mabuse” (1933) - o fantasma do Dr. Mabuse (médico psicopata) domina o diretor do asilo onde ele morreu e ameaça um industrial. Quando o homem pede ajuda à polícia, todos os objetos da sua mesa tornam-se de cristal. O truque intriga as platéias até hoje. O final das filmagens foi difícil: Lang já era assediado pelos nazistas e teve de fugir logo depois de encerrados os trabalhos.



Lang nos Estados Unidos

Lang fez 22 filmes na terra do Tio Sam. Alguns são considerados obras-primas, como “Os Corruptos”, “Fúria”, “O Homem que Quis Matar Hitler”, “Rancho Notorius”, entre outros. Sua formação expressionista resultou no visual claro-escuro e no uso de sombras que se tornariam elementos do noir, gênero que ele ajudou a criar.

Alguns filmes dessa fase:

“Fúria” (1936) – Primeiro filme de Lang nos EUA. Conta a história de um homem honesto, acusado de um crime que não cometeu. Apesar de não ser culpado, há evidências contra ele. As filmagens foram conturbadas; houve pressões do estúdio, que não confiava tanto no diretor e impunha alterações no roteiro durante as filmagens. Apesar disso, o resultado foi positivo e o próprio Lang considerava esse seu trabalho preferido.

“A Volta de Frank James” (1939) – Trata-se de um western (e primeiro filme colorido de Lang). É também a primeira vez em que ele faz uma continuação de um filme, “Jesse James”, feito em 1939 por Henry King. Mas no lugar de fazer uma previsível continuação, Lang reconstrói a história do bandido (Henry Fonda) que perdeu o irmão assassinado. Conformado, pretendia levar uma pacata vida de rancheiro. Mas fica sabendo que o assassino foi solto e resolve voltar para um acerto de contas. O filme funciona mesmo que o espectador não tenha visto o filme anterior.

“Os Conquistadores” (1940) - é seu segundo western, também rodado em technicolor. Dois irmãos bandidos. Um deles decide deixar o crime e trabalhar na ferrovia, enquanto o outro tem planos para sabotá-la. Um dos primeiros filmes a mostrar os índios com simpatia, ao contrário da maioria dos westerns desse período.


“O Homem que Quis Matar Hitler” (1941) – Crítica explícita ao nazismo: os nazistas foram tratados de forma caricatural. Walter Pidgeon é um conhecido caçador inglês que está numa floresta na Suíça, próximo à casa onde Hitler está hospedado. Ao vê-lo na alça da mira telescópica de seu rifle, ele dispara sem bala na agulha. É descoberto por um guarda nazista e preso. Numa discussão entre o Hitler e o caçador, Lang mostra o lado patético do ditador alemão.

“Os Carrascos Também Morrem” (1942) - outra vigorosa crítica ao nazismo. O filme trata da resistência da Tchecoslováquia contra os invasores alemães e seu plano para matar um dos líderes, o tal carrasco. Os membros da resistência são na verdade pacatos cidadãos, transtornados pela necessidade de vingança, bem ao modo Lang de filmar. Exprimia um rancor pessoal que Lang nutria pelo Terceiro Reich.


“Um Retrato de Mulher” (1944) - é um dos grandes films noirs de Lang. Trata-se de um drama. Edward Robinson é um pacato professor que leva uma vida medíocre em seu casamento. Um dia, fascinado por uma pintura, acaba conhecendo a mulher fatal retratada e envolve-se com ela. Por conta de um assassinato, passa a ser chantageado. Para Lang, o que importa é a questão da convivência entre o lado bom e o mau que todos possuímos dentro de nós, e que podem aflorar de acordo com as circunstâncias.

“Rancho Notorious” (1952) - é o terceiro e último western de Lang. Arthur Kennedy procura os assassinos de sua mulher e os encontra na região onde está o rancho do título. Ganha a confiança da dona, interpretada por Marlene Dietrich, soberba como a mulher dividida entre dois homens (o outro é justamente o chefe dos bandidos). Este foi um dos filmes mais problemáticos para Lang, que se desentendeu com o produtor Howard Hughes. Este o remontou, o que deixou Lang bastante frustrado.

“Os Corruptos” (1953) – Um dos melhores filmes noirs já produzidos. Glenn Ford é um ex-policial que queria levar uma vida tranqüila, mas tem que encontrar o assassino de sua mulher. Lee Marvin é o bandido sádico, namorado de Gloria Grahame, que, por sua vez simpatiza com Ford e o ajuda.



“Os Mil Olhos do Dr. Mabuse” (1960). Último trabalho de Lang noir, terceiro filme dessa última fase no seu retorno à Alemanha. Lang filmou em preto e branco com um orçamento baixo. Mas o resultado é muito bom. Na história, uma série de assassinatos ocorre num hotel em Berlim e a polícia acredita que o assassino pode ser a reencarnação do Dr. Mabuse. O sucesso de público desse filme aponta para uma urgente revisão da obra desse mestre, um autor que está para o cinema assim como Tolstói ou Cervantes para a literatura.


Filmografia

1960 - Die Tausend Augen des Dr. Mabuse (Os Mil Olhos do Dr. Mabuse)
1959 - Journey to the Lost City
1959 - Das Indische Grabmal
1959 - Der Tiger von Eschnapur
1956 - Beyond a Reasonable Doubt
1956 - While the City Sleeps
1955 - Moonfleet (O Tesouro do Barba Ruiva)
1954 - Human Desire (Desejo Humano)
1953 - The Big Heat (br: Os Corruptos / pt: Corrupção)
1953 - The Blue Gardenia
1952 - Clash by Night
1952 - Rancho Notorious (br: O Diabo Feito Mulher / pt: O Rancho das Paixões)
1950 - American Guerrilla in the Philippines
1950 - House by the River
1948 - Secret Beyond the Door... (br: O Segredo da Porta Cerrada)
1946 - Cloak and Dagger
1945 - Scarlet Street (Almas Perversas)
1945 - The Woman in the Window (Um Retrato de Mulher)
1944 - Ministry of Fear (Feras Humanas]] )
1943 - Hangmen Also Die (Os Carrascos Também Morrem)
1941 - Man Hunt (O Homem que Quis Matar Hitler)
1941 - Western Union (Os Conquistadores)
1940 - The Return of Frank James (A Volta de Frank James)
1938 - You and Me
1937 - You Only Live Once (br: Vive-se uma só vez / pt: Só vivemos uma vez)
1936 - Fury (Fúria)
1934 - Liliom (Coração de Apache)
1933 - Das Testament des Dr. Mabuse (O Testamento do Dr. Mabuse)
1931 - M - Eine Stadt sucht einen Mörder (M, o Vampiro de Dusseldorf)
1929 - Frau im Mond (A Mulher na Lua)
1928 - Spione (Os Espiões)
1927 - Metropolis
1924 - Die Nibelungen: Kriemhilds Rache (Os Nibelungos - a Vingança de Kriemhilds)
1924 - Die Nibelungen: Siegfried (Os Nibelungos - A Morte de Siegfried)
1922 - Dr. Mabuse, der Spieler (Dr. Mabuse, o Jogador)
1921 - Vier um die Frau
1921 - Der Müde Tod (A Morte Cansada)
1920 - Das Wandernde Bild
1920 - Spinnen, 1. Teil: Die Der Goldene See
1919 - Die Pest in Florenz
1919 - Harakiri
1919 - Spinnen, 1. Teil: Die Der Goldene See (As Aranhas)
1919 - Der Har der Liebe
1919 - Halbblut


Fontes: Wikipédia / Mnemocine / Revista De Cinema.

CLIP DO DIA

JOHN MILES nasceu no dia 23 de abril de 1950, em Jarrow, Inglaterra.
Sua primeira banda, ainda nos tempos de colégio, foi o The Influence, na qual também participava Paul Thompson, futuramente baterista do Roxy Music.
Em 1975, resolveu montar sua própria banda, a John Miles Band, vindo a fazer sucesso nos arredores da Inglaterra.
Mais tarde, John decidiu mudar-se para Londres, onde conheceu Alan Parsons, que produziu o single "Highfly", ainda em 1975.
Em 1976, Miles realizou sua primeira contribuição para o Alan Parsons Project, fazendo os vocais para o álbum Tales of Mystery and Imagination. No mesmo ano, John Miles lançou seu primeiro álbum chamado Music.
Em 1979, Alan Parsons produziu More Miles Per Hour, álbum de John Miles seguido de uma grande turnê européia de muito sucesso.
No ano seguinte, cinco músicas deste álbum foram incluídas no álbum Sympathy, lançado nos Estados Unidos e que ainda contava com mais três inéditas.
Em 1990, Miles voltaria a fazer vocais para Parsons, desta vez em "There But For The Grace Of God", música que faz parte do álbum "Freudiana".
Miles ainda contribuiu para vários artistas, dentre eles Jimmy Page e Joe Cocker. Com a cantora Tina Turner, participou de várias turnês fazendo parte de sua banda.

"Music" - John Miles

Radiotelescópio Allen: em busca de vida extraterrestre

Radiotelescópio Allen: em busca de vida extraterrestre

Praticamente ninguém duvida que possa existir vida em algum local do universo. Existem centenas de milhares de galáxias e a possibilidade de haver vida, mesmo que microscópica, em algum planeta distante é muito grande. No entanto, até agora nada foi achado.
Se encontrar vida microscópica é tão difícil, imagine então tentar encontrar vida inteligente. É uma tarefa quase impossível, mas os esforços para tentar detectar algum sinal emitido de algum local do espaço não param e têm consumido o tempo de diversos pesquisadores, e por que não dizer, muitos milhões de dólares também.
Na tentativa de aumentar a capacidade de busca de sinais extraterrestres, começou a operar na Califórnia, EUA, o Radiotelescópio Allen, também chamado de ATA, que deverá ajudar os cientistas do projeto SETI nesta hercúlea tarefa.O radiotelescópio entrou em operação com 42 antenas de seis metros de diâmetro cada uma, mas quando completamente construído formará um gigantesco arranjo de 350 antenas parabólicas apontadas para o céu.
O ATA é o primeiro radiotelescópio dedicado exclusivamente ao Projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por inteligência Extraterrestre) e leva o nome de Radiotelescópio Allen em homenagem ao maior financiador de sua construção, o co-fundador da Microsoft, Paul Allen.
Na busca por sinais extraterrestres o Projeto SETI tem usado o tempo ocioso de diversos radiotelescópios espalhados pelo mundo, como Arecibo, em Porto Rico. Isso não permite uma observação sistemática, já que os equipamentos também são usados com outras finalidades.Com a entrada em operação do ATA as coisas devem mudar, permitindo monitoramento dos sinais que chegam do espaço durante 24 horas por dia. "Esta é a primeira vez que teremos um radiotelescópio só para nós e principalmente, com as características que determinamos", disse Jill Tarter, um dos diretores do Projeto SETI.
O ATA vai monitorar freqüências entre 1 e 10 gigahertz, uma região do espectro eletromagnético praticamente livre da interferência de outras fontes de ruído, como as emissões vindas de elétrons em movimento ao redor dos campos magnéticos das galáxias. Segundo Tarter, "a única fonte de ruído será a radiação cósmica de fundo", se referindo à radiação remanescente do Big Bang, cujo sinal vem sendo continuamente estudado.Apesar de ser desenvolvido na tentativa de estudo de sinais inteligentes, o ATA também será usado para pesquisas em astrofísica, já que possui largo campo de visão, tornando-o ideal para observações do céu em larga escala. "Enquanto o ATA estiver sendo usado na pesquisa astronômica, poderá, simultaneamente, captar os sinais das estrelas naquela direção", disse Jack Welch, professor da Universidade da Califórnia e projetista do sistema de recepção do ATA.Cada uma das antenas que compõe o radiotelescópio tem um custo aproximado de 100 mil dólares. "Ainda estamos buscando outros investidores para construir mais antenas. Quem estiver interessado poderá doar uma ou duas e colocar o próprio nome nelas" disse Welch. Paul Allen, co-fundador da Microsoft, doou US$ 25 milhões para a construção da fase inicial do projeto e outros patrocinadores estão sendo cogitados para contribuir com outros US$ 25 milhões para a finalização do projeto.
O ATA será capaz de cobrir uma área do céu 17 vezes maior do que é possível com o Very Large Array, um dos maiores observatórios radioastronômicos do mundo, no Estado do Novo México.
Espera-se que o ATA ainda contribua na pesquisa de outros fenômenos astronômicos, como supernovas e buracos negros.


O observatório de Arecibo

O observatório de Porto Rico é considerado o de maior antena curva do planeta. Seu radiotelescópio é o mais sensível do mundo.
Segundo seu site, enquanto outros radiotelescópios precisam de várias horas para analisar uma fonte de rádio, o de Arecibo demora poucos minutos.
Para isso, tem um disco refletor de 305 metros de diâmetro e mais de 50 de profundidade numa área de pouco mais de quatro hectares.Sua superfície é formada por aproximadamente 40 mil painéis de alumínio perfurados, suspensos por uma rede de cabos de aço sobre uma base de 900 toneladas que se desloca mediante a ação de 26 motores.Até agora, o radiotelescópio de Arecibo concentrou seu trabalho no estudo dos planetas, cometas e pulsares, assim como os quasares e as galáxias que emitem ondas de rádio.


O observatório de Very Large Array

Localizado no Novo México, com 27 antenas, cada uma com 25 metros de diâmetro, este é um dos mais poderosos rádio-telescópios existente. As observações obtidas por cada uma das antenas são combinadas electronicamente (por interferometria) de forma a simular as observações que se poderiam obter usando uma super-antena muito mais poderosa, com características que dependem da configuração particular em causa. É que as antenas estão colocadas sobre carris, ao longo de um enorme Y, e podem ser deslocadas (apesar das 230 toneladas de cada uma) para ocuparem diferentes localizações, de acordo com os objectivos de determinada observação astronómica.Na configuração mais extensa, as antenas encontram-se espalhadas por cada um dos braços do Y, até cerca de 21 km do centro. Nesta configuração, o VLA possui a resolução que seria possível obter com uma única antena de 36 km de diâmetro. É possível também ter as antenas em configurações mais compactas, mais indicadas para obter informação sobre estruturas extensas e ténues no céu. Em outra configuração, as 27 antenas encontram-se todas a menos de 0.6 km do centro - tão próximas que é necessário ter cuidado com uma antena tapar a visão da vizinha.
Ao contrário do que acontece com a maioria dos telescópios ópticos, as observações com o VLA não necessitam de ter o próprio astrónomo "interessado" presente. Fornecidos os detalhes do projecto de investigação, os funcionários do VLA encarregam-se de operar o telescópio da melhor maneira possível.
Fonte: Apolo 11 / UOL / BBC / O Observatório