quarta-feira, janeiro 30, 2008

Você sabia?

Você sabia que o sistema de campos elevados da antiga civilização MAIA, que funcionou tão bem há 1,5 mil anos, se revela a melhor maneira de cultivar a terra até hoje?

Arqueólogos descobriram que os maias foram agricultores inovadores.
Nas áreas baixas e pantanosas da antiga cidade de Yucatán, as enchentes sazonais, a baixa fertilidade do solo e o nível elevado da água fazem da agricultura um desfio. Os maias cultivavam o terreno pantanoso usando um sistema de campos elevados e canais que não exigiam muita manutenção, eram todos naturais, extremamente produtivos e, mais importante de tudo, sustentáveis.
Os campos elevados funcionavam assim: agricultores maias cavavam canais através dos pântanos, colocando o solo retirado no meio dos campos, o que os fazia se elevarem entre 60 centímetros e 1,2 metro, assim reduzindo o empoçamento. Os canais tinham a função dupla de fornecer irrigação e adubo natural. Algumas vezes a cada estação, os maias colhiam plantas aquáticas dos canais e as espalhavam pelos campos para enriquecer ainda mais o solo. A irrigação e a fertilização resultavam em maior tempo de plantio para plantações nos campos elevados.
Anteriormente, os arqueólogos acreditavam que os campos elevados produziam alimentos mais do que suficientes para a comunidade local, fornecendo assim uma reserva confortável para ser comercializada. No entanto, novas pesquisas, combinadas a experiências em tempo real de agricultores locais estão fornecendo uma melhor compreensão da agricultura e da ecologia da região. Para sustentar a população e a economia crescentes durante a ascensão da civilização maia, os campos elevados provavelmente foram integrados ao sistema de campos secos, que nós conhecemos melhor.
Hoje, pesquisadores agrícolas e agricultores estão aprendendo com os antigos maias. Em áreas empobrecidas da América Central e do Sul devido ao solo pouco fértil e às plantações com baixo rendimento, os pesquisadores estão se unindo a comunidades agrícolas locais e governos para desenvolver maneiras de fazer com que a agricultura de subsistência em pequena escala seja rentável, assim reforçando as economias locais.

Fonte: National Geographic

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