sexta-feira, janeiro 18, 2008

As linhas de Nasca, no Perú

As linhas de Nasca, no Perú

Geoglifo é uma figura feita em morros ou regiões planas, de maneira que é melhor visualizada do alto, como por exemplo visto de um avião, helicóptero ou balão. Algumas podem ser vistas do solo e outras não.
Essas figuras podem ser desenhadas por rochas de coloração diferente do solo ao seu redor ou por escavações fazendo desnível no solo. Podendo atingir de uma ponta a outra do desenho até 250 metros. São encontrados desenhos geométricos (quadrados, círculos, linhas, espirais e etc...), antropomorfos (Formas humanas) e zoomorfos (Formas animais).
Entre os desenhos dos animais que se percebem em Nasca surpreendem: uma baleia, um cachorro com patas e cauda longas, duas lhamas, diversas aves como uma garça, um pelicano, uma gaivota, um colibri e um papagaio. Na categoria dos répteis, um lagarto, que foi cortado na contrução da Panamericana, uma iguana e uma serpente. Outras imponentes figuras são a do macaco, a aranha e o caracol, entre outros.


Localização

Estas misteriosas linhas, estendem-se num perímetro de 50 quilômetros de comprimento por 15 quilômetros de largura cruzando as cidade de Palpa, Ingeni, Nasca e Socos, precisamente entre os quilômetros 419 e 465 da Rodovia Panamericana. O solo daquela região, um dos mais secos e desérticos do mundo, é de cor marrom, mas sob esta primeira camada esconde-se outra de cor amarelada, assim ao caminhar por ali provoca uma estranha e duradoura pegada que não deixa de ser misteriosamente inquietante.
Nasca está localizada a 450 km ao sul de Lima, no Peru.


Os pesquisadores e suas teorias

- Tudo começou em 1.927 quando um famoso arqueólogo chamado Mejia Xespe, foi informado sobre a presença de uns misteriosos hieróglifos ou linhas traçadas sobre o solo da costa Peruana. Apesar de considerar o tema interessante, não dedicou lhe maior atenção.

- Nesse mesmo ano chegou ao Peru outro pesquisador, o americano Paul Kosok, que ficou extasiado com estas expressões pre-colombianas, quando num de seus primeiros percursos pelo sul do país, pôde observar extensas linhas multiformes em ambos lados das estradas próximas as montanhas. Kosok ficou assombrado quando notou que determinado conjunto daqueles traços tinham a forma inconfundível de um pássaro em pleno vôo. Na época, o arqueólogo considerou ser aquele o maior Livro de Astronomia do Mundo.
Em 1946, Kosok regressou a seu país e sugeriu à sua assistente, a alemã Maria Reiche, que continuasse a estudar aqueles desenhos que ele tinha começado a decifrar.

- Maria Reiche, uma famosa matemática alemã, falecida em 1998 com 95 anos de idade, residiu longo tempo em Nasca, tornando-se a pesquisadora que mais estudou tais linhas. Maria dedicou sua vida a isso, e segundo ela somam mais de trinta os geóglifos até hoje encontrados nas planícies de Nasca: Animais marinhos e terrestres, figuras geométricas e humanas. As imagens de maior tamanho são um pássaro de quase 300m, um lagarto de 180m, um pelicano de 135m, um cóndor de 135m, um macaco de 135m e uma aranha de 42 metros. A maioria destas imagens só podem ser percebidas em um sobrevoo na área para apreciá-las em seu conjunto.
Maria Reiche define as linhas como um estranho depoimento e legado das antigas culturas peruanas: "As linhas das planícies de Nasca são nada menos que uma história documentária da ciência e dos homens de ciência do Peru pre-hispânico. Nela encontra-se registrada uma tradição científica de onde os antigos peruanos desenvolveram um abecedário para anotar os mais importantes acontecimentos astronômicos dos seus dias e as planícies de Nasca são as páginas de um livro escrito com este estranho alfabeto. Elas são o depoimento gráfico da forma como aqueles seres superiores dominaram a relação entre os fenômenos celestes e nosso planeta."

- Erich von Daniken (autor do livro ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS?) popularizou a teoria segundo a qual as Pistas de Nazca não passariam de pistas de aterragem para discos voadores. Daniken defendia que estes alienígenas visitam Nasca em tempos passados e que as pistas seriam o resultado indirecto dos gases de exaustão das turbinas dos seus aparelhos, ou seja, pressupunha que estes discos se moviam a motores a recção. Os desenhos de trapézios de Nasca teriam sido criados pelo maior fluxo de gases de exaustão no momento em que os discos descolavam (no extremo da pista), os quais seriam mais fracos no começo da descolagem, criando-se assim o trapézio no solo. Quando os alienígenas desapareceram para não mais voltar, os naturais começaram a replicar estes desenhos no solo, por moto próprio, desenhando no solo as figuras que hoje podemos observar.

- O autor Gilbert de Jong encontrou semelhanças entre as ruínas de Izapa, no Iucatão e os desenhos de Nazca, o que poderia apontar para a existência de influências maias entre os Nazca.
Ao verificar esta tese, está o mito local que descreve o desembarque de estranhos, provavelmente sacerdotes perto de Puerto Viejo, no Equador. Segundo esta lenda, estes recém-chegados teriam fundado uma cidade na região e poderiam ter levado os conhecimentos astronómicos que eram o fundamento dos rituais maias até aos povos locais, que depois os teriam espelhado na concepção das Linhas de Nazca que vemos hoje.
Sabe-se hoje, depois dos trabalhos de Vincent Malmstrom que os maias viajaram até ao norte em busca do local onde o “Sol parava”, será que que fizeram o mesmo para Sul, até aos arredores de Nazca?

- Uma intrigante teoria patrocinada pelo investigador Alan F. Alford defende que as Linhas de Nazca foram construídas por uma população negróide da Cultura de Tihuanaco. Mas depois de terem criado estas espantosas linhas, uma revolução teria levado à destruição de algumas destas construções no solo, explicando-se assim as linhas em ziguezague que ainda hoje podem ser observadas… Este povo, mais tarde, teria rumado a norte e fundado as culturas Chavin e Olmeca.

- Segundo o autor australiano Robert Bast, todas as formas animais representadas no solo de Nazca seriam uma espécie de memorial às criaturas desaparecidas no Dilúvio, um mito comum a vários povos do mundo e que também está presente na América do Sul, entre várias culturas nativas…

- O investigador Gilbert de Jong que visitou Nazca e mediu os desenhos no solo com recurso a sistemas de GPS reconhecendo no conjunto um Zodíaco.- O canadiano Robin Edgar sugeriu que as figuras de Nazca poderiam ter sido inspiradas por visões resultantes de perturbações de visão durante a observação de eclipses solares. Segundo o autor, as linhas de Nazca coincidiriam com uma séria invulgar de eclipses solares… Algumas das linhas estariam alinhadas com o Solstício de Inverno, e registariam assim a “morte” e o “renascimento” do Astro Rei.As conjecturas sobre as linhas são milhares, muitas relacionadas a antropologia e história, outras margeando a ficção.
O que se se sabe é que os antigos Nascas realizavam estranhas e enigmáticas cerimônias mago-religiosas em diversas épocas do ano. Também é crido que estes povos conseguiram uma maestria em estabelecer a relação cósmica entre os fenômenos celestes e o planeta terra.
A única coisa que pode ser afirmada de verdade é que estas misteriosas linhas foram feitas muitos séculos antes do surgimento do Império Inca.


(Fontes: MD e Quintus)

Um comentário:

Anônimo disse...

gostaria de saber mais sobre estas linhas,elas são magnificas,parece que são usadas tecnicas e simetria muito grande pra ser feita pala mão humana,como sou curioso e acho muito interessante tem tudo a ver com seres de outro planeta,aqui no meu estado na decada de 80,houve uma verdadeira invasão de ovinis,chamado de operação prato, no municipio de Colares. um abraço