terça-feira, abril 10, 2007

Eu faço a minha parte, e você, faz a sua?

Eu faço a minha parte, e você, faz a sua?

Se tem coisa que eu não suporto é gente do meu lado reclamando e criticando situações e assuntos diversos, mas que ao mesmo tempo não faz nada para reverter o quadro.
Não adianta ficar reclamando e criticando, é preciso ter coragem, autenticidade e tomar atitude. É preciso ter iniciativa.
Outra coisa que me irrita é uma pessoa dizer que estou com a razão, mas que sozinho não poderei consertar o mundo.
Oras, se cada cidadão brasileiro que se mobilizasse... De que servem os ditados: ''De grão em grão a galinha enche o papo'' ou ''A união faz a força'' ?
A realidade é uma só. O povo brasileiro é acomodado e parece já estar acostumado a sofrer e passar por situações injustas, constrangedoras e revoltantes.
Muitas mudanças podem começar através de atitudes minúsculas.
Eu por exemplo sou a favor do boicote. Boicotar é a melhor iniciativa, porque não nos causa nenhum tipo de transtorno ou constrangimento.
Boicotar a TV é o primeiro passo. Desligar a TV ou simplesmente mudar de canal é um grande passo. Assim, não estaremos dando ibope para reality shows (os BIG BROTHERS da vida), pornografia, novelas sem conteúdo, programas sobre fofoca, pegadinhas, desenhos e filmes violentos, notícia sensacionalista, etc.
Quanto à política, simplesmente não aparecer na zona eleitoral no dia de eleição. Cansei de dar meu voto para este bando de ladrões e corruptos que estão no poder. Não reclame do governo, afinal de contas foi você mesmo que foi lá e votou nele.
Em relação à nossa legislação, recomendo ''em certos casos'' a se fazer justiça com as próprias mãos, se a lei não resolve e é impune, então que a façamos com nossas próprias mãos.
Outra arma que o povo tem é a denúncia. Denunciar tudo o que é errado e o que está errado é muito simples. As vezes através de um simples telefonema já se resolve ou se evita muita coisa.
A religião não fica de fora. Cada vez mais pastores de igreja e padres enriquecem as custas da fé do povo inocente, um povo carente, inocente e desesperado que tem a capacidade de acreditar na palavra de qulaquer maluco que aparece. Então é necessária mais uma vez a denúncia e o boicote. Se não vai ninguém em uma determinada igreja, ela fecha. Simples...
A medicina tem o seu lado ruim também. Existe uma máfia e ela induz o médico a transcrever na receita um determinado medicamento de um determinado laboratório. Usemos remédios naturais então.
A música também não escapa deste assunto. Nunca se viu tanta música ruim e tanta gente sem talento como agora. Culpa de quem? Do próprio povo e da mídia. A mídia lança a porcaria, o povo compra. Mais uma vez é necessário o boicote. Desliguem o rádio, mudem de estação, não comprem o CD do artista.
E em se tratando de CD, imagine só se todo mundo tivesse acesso a internet em casa e resolvesse parar de comprar CDs originais, que são caríssimos nas lojas, e começassem a baixar gratuitamente da internet? As gravadoras seriam obrigadas a baixar o custo do CD.
O preço de um determinado produto aumentou? Compra-se outro.
(Méritos para o cantor LOBÃO que fundou seu próprio selo de gravação, grava seus CDs no estúdio em sua própria casa e os coloca a venda nas bancas de jornal por míseros R$ 5,00)
A moda é outro grande mal sobre a sociedade brasileira. Qualquer acontecimento já é motivo para se criar uma determinada moda. A roupa ou um corte de cabelo de um artista de novela, gírias, e por aí vai...
Outro exemplo de moda está relacionada com os lugares de nossa cidade a serem frequentados. Sorocaba passa por um momento difícil em se tratando de lazer e cultura, pois os lugares a serem frequentados estão cada vez mais escassos e tomados por aqueles que estão em evidência, e por causa da moda. Por serem frequentados por gente sem opinião própria e ''Maria-vai-com-as-outras'', gente do tipo ''ver e ser visto''. Resultado: falta de opções.
Resumindo, o povo colhe o que planta. Se ninguém toma iniciativa, nada será feito e nenhuma mudança irá acontecer.
Minha última indignação foi na empresa em que trabalhava. Eu ficava maluco e completamente revoltado com tanta coisa errada que acontecia por lá. Eu sabia que somente por mim nada podia ser feito, mas mesmo assim eu fazia a minha parte e ao menos tentava mostrar aos outros e fazía-os enxergar determinadas situações.

Eu hoje continuo lutando contra isso tudo. Vou morrer lutando e faço de minha própria pessoa, como uma espécie de exemplo vivo, ou como quer que seja. Faço de minha própria pessoa, a minha arma pra lutar. Não importa o que os outros digam, ou pensem, não importa como me taxem. Custe o que custar, eu não me vendo!
Pra finalizar, ao reclamarem de alguma coisa, parem e pensem: estão fazendo algo pra mudar?
Por isso eu sempre critico e reclamo, porque eu falo, mas faço!

Ricardo M. Freire